Dos 54 deputados, 11 já trocaram de partido em 2003

A reacomodação partidária ditada pelas eleições municipais do próximo ano continua mudando a composição de forças no plenário da Assembléia Legislativa. Em oito meses, da posse até agora, onze dos 54 deputados estaduais já mudaram de partido.

Até o final do mês, quando vence também o prazo de filiações para candidatos a vereador e a prefeito na disputa do próximo ano, pelo menos mais três deputados estaduais deixam as siglas pelas quais foram eleitos em 2002. Luiz Carlos Martins (PSL) e Reni Pereira (PSB) estão de mudança para o PSDB. Cleiton Quielse se desliga do PFL e ingressa no PMDB.

As trocas estão permitindo ao PSDB dobrar o número de eleitos e alcançar o PMDB que, por enquanto, ainda ostenta a maior bancada. Dividido entre deputados aliados ao governo e de oposição, o PSDB que começou o ano com cinco deputados vai fechar o mês com dez e registrar o maior crescimento em plenário.

No comando das articulações para as novas filiações tucanas está o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão. O tucano é o alvo de uma tentativa do PMDB de atraí-lo para seus quadros. Brandão confirma que o primeiro chamado veio direto do Palácio Iguaçu. Disse que recebeu o convite do governador Roberto Requião (PMDB), durante encontro que mantiveram no início da semana passada.

O presidente da Assembléia disse que ficou “honrado”, mas não aceitou. “Preciso de asas para voar”, justificou Brandão ao recusar o convite. Mas o PMDB não desiste. Alguns simpatizantes da transferência do tucano para o partido acham que é apenas uma questão de tempo. O ingresso do senador Álvaro Dias no PSDB é o trunfo dos peemedebistas para atrair Brandão. As desavenças com Álvaro, na opinião dos peemedebistas, ainda vai empurrar o presidente da Assembléia para o PMDB. Brandão apoiou Requião no segundo turno da campanha eleitoral do ano passado, em que Álvaro era o adversário.

Outro chamariz para o tucano seria um movimento em gestação na Assembléia para mudar o Regimento Interno e reinserir a possibilidade de reeleição à presidência da Casa, extinta há quatro anos. No partido do governo, Brandão teria mais chances de permanecer no cargo.

A única bancada a permanecer ainda inalterada é a do PT (nove deputados). O partido do governo, o PMDB, passou de oito para onze deputados. Alguns partidos sumiram do plenário. Foi o que aconteceu com o PRP depois que Jocelito Canto foi para o PTB e com o PSL, após a transferência de Mauro Moraes para o PL.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo