O prefeito eleito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), afirmou há pouco que não vê razão para a interrupção do trabalho de identificação de ossadas da vala de Perus, do cemitério Dom Bosco, na zona norte da capital paulista. “Não é uma opção”, disse o tucano, antes de participar ao vivo do programa Roda Viva, da TV Cultura.
Para o Grupo de Trabalho Perus (FTP), formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pela Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos, o projeto poderia ser interrompido por falta de recursos. Hoje, o trabalho custa cerca de R$ 3 milhões por ano.
Doria também disse que, enquanto não assumir a Prefeitura, não vai se manifestar sobre as recentes invasões de imóveis em São Paulo. “Tudo há seu tempo, vamos ver, vamos analisar no dia 2 de janeiro. Antes disso, não vou me manifestar”, afirmou.
Além disso, o prefeito eleito garantiu mais uma vez que não vai recorrer ao estilo “toma lá dá cá” para lidar com os vereadores da Câmara de São Paulo. Ele disse que a fragmentação da Casa, que conta com 18 partidos, não o assusta. “Vamos dialogar, ouvir, sem barganhas, sem ‘toma lá dá cá’, esse tipo de postura não haverá, quero deixar bastante claro”, disse Doria, ressaltando que a sua base aliada contará com 14 partidos, incluindo o PSDB. (André Ítalo Rocha)