Ao concordar com a inscrição nas prévias do PSDB e declarar oficialmente que está na disputa interna para escolha do candidato tucano ao Governo do Estado, o prefeito de São Paulo, João Doria, disse nesta segunda-feira, 12, que sua decisão não precisa ter aval do governador Geraldo Alckmin, seu padrinho político e pré-candidato do partido à Presidência da República.

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“Não é preciso aval do governador, é preciso aval do PSDB”, disse Doria, quando perguntado se sua decisão em concorrer às prévias tinha apoio de Alckmin. “O governador é um homem que respeita a decisão partidária, ele fez isso e sempre disse que o candidato dele será o candidato do PSDB”, afirmou o prefeito.

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Doria foi inscrito nas prévias por um grupo de parlamentares do partido, que contabilizaram 1.785 assinaturas de delegados estaduais da legenda em apoio à pré-candidatura do prefeito. Em tom de “aceitação” do apelo, Doria disse que ficou “sensibilizado” com a movimentação e aceitou inscrever seu nome nas primárias.

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As prévias tucanas estão marcadas para os dias 18 e 26 de março. Aliados do prefeito esperam, porém, que ele seja eleito candidato já no próximo domingo, em primeiro turno. O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, disse no encontro que “Não é arrogância, respeito os demais pré-candidatos, mas não terá dois turnos das prévias”, disse o prefeito, em discurso. Perguntado sobre o cenário, Doria respondeu: “Pergunte à militância do PSDB e ao povo de São Paulo.”

Aliança com PSD

O prefeito da capital paulista disse que há um acordo formalizado para uma aliança entre tucanos e o PSD em São Paulo, assim como na disputa nacional. Ele não confirmou, porém, que o ministro Gilberto Kassab, líder do PSD, será seu candidato a vice em São Paulo. A definição será feita em conjunto com Kassab e Geraldo Alckmin, destacou.

A pré-candidatura ao governo do Estado foi declarada após um ano e dois meses de Doria à frente da Prefeitura de São Paulo. Questionado sobre sair da Prefeitura para disputar o governo estadual, o prefeito disse que a administração estadual está totalmente inserida nos assuntos do município. “Estar em São Paulo é ajudar São Paulo, não é sair de São Paulo”, declarou.

No ato de apoio, militantes usavam uma camiseta com a inscrição “Dória governador”, colocando um acento no nome do prefeito equivocadamente. Com gritos, pediam “Aceita, João” e faziam coro em apoio ao prefeito. Orlando Morando reforçou, inclusive, que uma das assinaturas de apoio era a do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.