O Ministério Público Federal e o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, assinaram nesta quinta feira, 2, acordo de delação premiada. Após uma semana de sucessivas reuniões para ajustar os termos do acordo, Youssef e seus advogados assinaram o documento em que ele se compromete a revelar detalhes do esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobras.

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“Confirmo que o acordo está assinado e definido, mas não posso revelar as condições por força do sigilo”, declarou o advogado criminalista Antonio Figueiredo Basto, defensor de Youssef.

As condições do acordo foram definidas e Youssef já pode começar a depor perante um grupo de procuradores da República e a Polícia Federal. O acordo, porém, só terá validade se for homologado pelo Supremo Tribunal Federal – a Corte é competente para o caso porque deputados são citados como beneficiários de propinas.

O acordo segue praticamente a mesma linha da delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, apontado pela PF como parceiro de Youssef. O ex-diretor, depois de prestar longos depoimentos à Procuradoria, ganhou o benefício da prisão domiciliar – nesta quarta feira, 1, ele foi transferido para sua casa, no Rio.

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Youssef é réu em cinco ações da Lava Jato, denunciado por organização criminosa, corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Na iminência de pegar pena superior a 50 anos de prisão, ele decidiu fazer o acordo de delação.

O doleiro já havia feito delação em outro caso, o escândalo do Banestado – esquema de evasão de divisas nos anos 1990 por meio Foz de Iguaçu. Ao ser preso pela Operação Lava Jato em março deste ano, contudo, o acordo foi cancelado e a Justiça reabriu duas ações penais do caso Banestado contra ele. Em uma delas ele já foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção.

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