Dois grupos disputam o comando do PTB no Paraná

O PTB do Paraná terá bate-chapa para eleger a direção estadual, na convenção marcada para o próximo sábado, dia 17, no Hotel Paraná Suite, em Curitiba.

A disputa é entre o atual presidente estadual, deputado federal Alex Canziani, e o vice-presidente nacional do partido, Flávio Martinez, e o vereador de Londrina, Sidney Souza.

Canziani assumiu a presidência estadual do PTB em 2003, sucedendo ao ex-deputado federal Iris Simões. O partido vem sendo dirigido por uma executiva provisória há anos. Desta vez, a convenção irá eleger um diretório definitivo, pelo voto de mais de trezentos convencionais do partido em todo o estado.

O grupo que apóia Martinez contabiliza o apoio de pelo menos duzentos dos trezentos diretórios instalados no Estado.

A terceira candidatura, do vereador de Londrina, também estaria vinculada a Martinez. O vereador seria ligado ao grupo do vice-presidente nacional do partido e os partidários de Canziani garantem que ele foi lançado para dividir os votos na base eleitoral do atual presidente, que também é de Londrina. Canziani é pré-candidato a prefeito de Londrina e tem esbarrado em algumas resistências locais que preferem levar o partido a apoiar a candidatura do deputado federal André Vargas (PT) a prefeito.

Martinez disse que as mudanças são salutares na direção de qualquer partido e que o PTB do Paraná está precisando de uma ?arejada? e um novo impulso. Ele citou que o PTB é forte em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e que, no Paraná, o partido encolheu nos últimos anos. Martinez observou que o PTB já teve uma bancada de sete deputados estaduais e três federais e hoje tem apenas um deputado federal – Canziani – e dois estaduais.

Os deputados estaduais Jocelito Canto e Fábio Camargo apóiam Martinez. Canto será candidato a secretário-geral do partido na chapa de Martinez. ?Nós sempre fomos do mesmo grupo e vamos continuar trabalhando junto. Não tenho nada contra o Canziani. Apenas sou do grupo do Flávio?, disse.

Martinez afirmou que há um entendimento de setores do partido sobre a necessidade de ter um nome que permaneça mais em contato com os diretórios. Uma função que Canziani tem dificuldades já que divide seu tempo com o mandato de deputado federal. ?Essa é uma dificuldade de todo e qualquer deputado federal que dirige um partido. A permanência no estado facilita as conversas com o partido nos municípios?, afirmou Martinez.

Canziani disse que percorrer o estado faz parte de sua rotina. E que, desta forma, conseguiu estruturar o partido no estado. ?Quando o Flávio foi presidente nacional do PTB, ele não viajava tanto quanto eu?, provocou o deputado federal. Ele disse ainda que sua visão de partido é diferente da do adversário. ?Eu defendo um modelo de partido em que os companheiros de todas as regiões participem. Não é o caso dele?, atacou Canziani, acrescentando que, ao contrário do irmão, o ex-deputado federal José Carlos Martinez, Flávio tem mais perfil de empresário de televisão do que de dirigente partidário.

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