Divulgada lista de servidores da Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa publicou ontem a lista dos servidores efetivos e comissionados no site oficial. São 1.308 nomes de servidores comissionados e outros 452 efetivos.

Além dos nomes, simbologia do cargo e local de lotação, o Portal da Transparência mostra também os atos de nomeação da Comissão Executiva assinados após o recadastramento e reenquadramento dos funcionários publicados no Diário Oficial de 220 páginas.

Dos 1.308 funcionários, 274 estão na área administrativa. Os demais servem aos gabinetes da Mesa Executiva e mandatos dos deputados. O presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), disse que o próximo passo é elaborar um organograma funcional e, em seguida, abrir um concurso público para preencher as novas vagas que forem criadas.

Ontem, Justus disse que a publicação da lista, aliada a outras medidas, mostra que a Casa está oferecendo à população as ferramentas para fiscalizar o Legislativo. No final da lista, há uma portaria do diretor de Pessoal, Eron Abboud, comunicando que pode haver equívocos na lista, devido à falta de alguns dados que estavam entre os documentos apreendidos pelo Ministério Público Estadual durante a busca realizada no dia 8 de maio nas dependências da Casa.

Na lista de servidores efetivos, alguns nomes estão acompanhados de asteriscos. São servidores que tiveram seus salários suspensos e respondem a processos administrativos, informou o coordenador do recadastramento, deputado Durval Amaral (DEM).

Outro lado

No pronunciamento, Justus fez uma crítica a lideranças do Movimento “O Paraná que Queremos”, que defende uma mudança geral no Legislativo paranaense, alvo de denúncias de irregularidades e de investigações do Ministério Público Federal e Polícia Federal.

Justus disse que telefonou à direção da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e pediu que faça a mediação da abertura de um espaço de diálogo com as outras entidades para que a Assembleia possa exercer o seu direito de defesa.

“Nós também queremos contar um pouco da nossa história. Queremos exercer o nosso amplo direito de defesa”, disse o presidente da Assembleia. “Qual é a dificuldade em conversar? Nenhuma. Mas é muito mais fácil fazer as vontades de uma rede de televisão ou um jornal do que ouvir o outro lado da história”, disse.

Para Justus, a campanha, que pede também a renúncia da Mesa Executiva, deveria ser mais ampla. “Esse Paraná é o Paraná que todos queremos. Mas não basta só passar a Assembleia a limpo para ter esse Paraná que queremos. Nós queremos passar o Paraná inteiro a limpo”, afirmou.

Ele também se dirigiu aos deputados que defendem o afastamento da Mesa Executiva, afirmando que vai se dedicar a mostrar o outro lado da história. “Não sei se os deputados que pedem o afastamento da Mesa terão a coragem de enfrentar essa verdade”, ameaçou.

Justus anunciou que a Assembleia está assinando um convênio com a Organização Não Governamental (ONG) Observatório Social do Brasil para acompanhar a gestão da Casa. A ONG tem sede em Maringá.

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