Em Curitiba, diabéticos que dependem do uso da insulina glargina em frascos fornecida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) têm se deparado com a falta do medicamento nas farmácias especiais do governo.
A substância – um tipo de insulina com efeito mais duradouro – está sendo reposta em menor quantidade pela empresa fornecedora, que diminuiu a distribuição de estoque por causa de uma dívida pendente do governo estadual.
Além disso, os mesmos pacientes estão sem receber as tiras reagentes de medida de glicose, utilizadas para acompanhamento próprio do nível de açúcar no sangue. A assessoria de imprensa da Sesa confirmou, na sexta-feira passada (14), o atraso nos pagamentos, mas não informou o valor da dívida.
O montante deve ser pago nesta semana, junto com outras pendências da área da saúde que serão regularizadas a partir desta segunda-feira (16), conforme anúncio do governo do Paraná.
De acordo com o executivo estadual, começam a ser pagos nesta semana 1.082 fornecedores do estado que aguardam pagamentos entre R$ 100 mil e R$ 300 mil. O desembolso total para regularizar as contas, somente na área da saúde, será de R$ 126 milhões.
Até que as dívidas sejam totalmente quitadas, pacientes que contam com a distribuição de insulina glargina em Curitiba encontram as prateleiras vazias. Contudo, a Sesa argumentou que eles estão recebendo tratamento alternativo para tratar da doença.
A assessoria de imprensa da pasta informou, por meio de nota, que o estoque está sendo regularizado, mas, enquanto a quantidade de frascos não é normalizada, “a farmácia está disponibilizando o produto na apresentação ‘caneta’. O conteúdo é o mesmo, a diferença é a forma de aplicação”, explica a nota.
Quanto às tiras reagentes, a Sesa também confirmou a falta do produto, mas disse estar “negociando com o fornecedor para regularizar o estoque o mais breve possível”.
