Dos nove candidatos à prefeitura de Curitiba, quatro declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter patrimônio superior a um milhão de reais. Outros quatro afirmam possuir bens entre R$ 300 mil e R$ 900 mil. E uma candidata disse ter absolutamente nada em seu nome. Juntos, os nove participantes do pleito somam R$ 12,9 milhões em bens. Os candidatos a vice apresentaram patrimônios ainda maiores, somando R$ 14,7 milhões.
O mais rico entre os candidatos à prefeitura é o empresário Ademar Pereira (Pros), que declarou uma lista de bens que somam R$ 4,1 milhões, entre cotas de suas empresas (Escola Atuação e Espaço Torres), terrenos e aplicações financeiras, além de uma BMW no valor de R$ 76 mil. O atual prefeito, Gustavo Fruet (PDT) é o segundo entre os milionários – ao TSE, declarou possuir um patrimônio no valor de R$ 2,9 milhões, distribuídos em imóveis e aplicações financeiras.
O deputado estadual Requião Filho (PMDB) é o terceiro com maior patrimônio. No total, o candidato dispõe de R$ 1,9 milhão, divididos entre salas comerciais, uma casa, dois carros e investimentos. O pró-reitor da Universidade Tuiuti, Afonso Rangel (PRP), fecha a lista dos milionários, com um patrimônio estimado em R$ 1,2 milhão, entre cotas de empresas e imóveis.
Os “quase” milionários
Dois dos candidatos à prefeitura por pouco não figuraram entre os milionários da disputa. A deputada estadual Maria Victoria (PP) aparece na turma do “quase”. Aos 24 anos, a candidata declarou um patrimônio de R$ 897 mil – entre os bens, uma BMW no valor de R$ 116,4 mil e 100% das cotas de um centro educacional no valor de R$ 72 mil. O também deputado estadual Ney Leprevost (PSD) segue a lista com um patrimônio declarado de R$ 860 mil, que inclui salas comerciais, duas casas e títulos de três clubes tradicionais da capital.
Os mais “pobres”
O ex-prefeito Rafael Greca (PMN) declarou o maior número de bens – são 49 no total – mas que juntos somam pouco mais de R$ 573 mil. Entre eles, 31 obras de arte que incluem dois quadros do artista paranaense Poty Lazaroto (por R$ 694 e R$ 972) e uma gravura de Di Cavalcanti no valor de R$ 1 mil.
O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) também figura na lista entre os que menos declararam bens. De acordo com a declaração, o petista tem um patrimônio de pouco mais de R$ 342 mil, que inclui uma sala comercial, um terreno, um carro e algum dinheiro em contas correntes.
A candidata do PSol, Xênia Mello declarou não ter nada em seu nome, sendo a candidata mais “pobre” da disputa pela prefeitura.
Vices tem mais dinheiro do que os prefeitos
Entre os candidatos a vice, três declararam patrimônios milionários – um deles tem o maior entre todos os candidatos das chapas para a disputa majoritária. Luciano Pizzatto (PRTB), que chegou a ser pré-candidato à prefeitura, divide chapa com a pepista Maria Victoria e declarou ter R$ 7,2 milhões em bens. Na chapa de Leprevost, o médico João Guilherme Moraes apresentou ao TSE um patrimônio de R$ 3,5 milhões – quatro vezes o declarado pelo candidato à prefeitura.
O advogado trabalhista Nasser Allan declarou um patrimônio cinco vezes maior do que o de Veneri, no total de R$ 1,9 milhão. O servidor público Rodolfo Jaruga, vice de Xênia Mello, também declarou ter mais do que o zero declarado pela candidata. De acordo com a declaração, Jaruga diz ter um patrimônio de R$ 95 mil.