O diretório estadual do PMDB aprovou a dissolução de 72 diretórios municipais do partido no Estado, incluindo o de Curitiba, que era presidido pelo senador Roberto Requião. O ex-governador Orlando Pessuti, um dos líderes estaduais do partido, disse que a medida foi aplicada nos diretórios dos municípios onde o partido não elegeu 10% dos vereadores, conforme previsto na resolução de 2012.

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No total, 84 cidades não conseguiram eleger 10% dos vereadores no Paraná, mas 13 deles tiveram análise diferente, por conseguir feitos eleitorais importantes, segundo o político. “Em Maringá, por exemplo, não foi eleito nenhum vereador do PMDB, mas se elegeu o vice-prefeito. Então, optou-se por não efetuar a intervenção”, relatou. Uma comissão provisória assume o comando dos diretórios municipais em que o partido ficou sem direção.

“Começo do fim”
Para Requião, a dissolução dos diretórios foi uma “ousadia” de membros do partido que não fazem, como ele, parte da ala histórica da legenda. “É o começo do fim do PMDB. Ou é o começo de uma reação dos verdadeiros e históricos peemedebistas para dizer este partido tem dono, tem tripulação. Os peemedebistas históricos que o construíram ao longo do tempo”, declarou.

O senador chamou os deputados do PMDB de “adesistas”, e disse que, nas últimas eleições, trabalharam contra o próprio partido, apoiando candidatos de outras legendas. “Em Curitiba apoiaram o Luciano Ducci, tendo, por exemplo, o Pessuti até lançado o seu filho como candidato a vereador pelo PSC do Ratinho”.

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