Convenção

Diretório do PMDB de Curitiba deverá ter bate-chapa

O deputado federal Marcelo Almeida disse, ontem, que aceitaria disputar a presidência do diretório municipal do PMDB de Curitiba nas convenções marcadas para o próximo dia 24.

Almeida, que teve o nome lançado pelo deputado estadual Reinhold Stephanes Junior, disse ter sido surpreendido pela lembrança de seu nome, mas revelou estar disposto a disputar.

“Não sei de onde veio essa notícia, mas ficaria muito feliz em ser o presidente municipal do partido. Tenho minha base eleitoral na capital e uma ótima relação com os deputados e vereadores do PMDB. Está na hora de o partido ser comandado por alguém com mandato”, comentou o deputado.

Almeida teria de disputar a presidência do partido com o atual comandante do PMDB na capital, Doático Santos, que, no ano passado, disputou uma vaga na Câmara Municipal, mas recebeu apenas 1.538 votos, sendo superado por outros 13 candidatos do partido, que elegeu dois vereadores.

“Tá na hora de dar uma sacudida no PMDB municipal. O presidente tem de ter uma visão mais política, varrer para dentro e não para fora, menos brigas e mais conversa. Conversa franca, sentar mais com os companheiros. Criar uma formação política. Pensar o futuro da cidade e montar um quadro com condições de disputar para ganhar a prefeitura de Curitiba. Não dá para ficar nessa de ter sempre o PMDB a reboque”, disse Almeida, que também citou o nome do deputado federal Rodrigo Rocha Loures como um dos que também poderia conduzir o PMDB municipal.

Marcelo Almeida lembrou que o presidente eleito nesta convenção terá papel decisivo na participação do PMDB nas eleições do ano que vem. “Temos que redefinir quem são nossas lideranças de maneira que consigamos até aumentar nossas bancadas de deputados federais e estaduais”, disse.

Sobre a eleição para governador, Almeida fez um diagnóstico realista, mas destacou a importância que o PMDB poderá ter. “Queria que o PMDB fosse o vencedor da eleição. Temos um candidato, mas teremos muita dificuldade. No entanto sabemos que seremos o fiel da balança. Se o Pessuti (Orlando) não for para o segundo turno, quem o PMDB apoiar, ganhará a eleição”.

Apesar de prever dificuldades para a candidatura de Pessuti, Almeida defende que ela seja mantida e sustentada por toda a base peemedebista. “Ele é governador, não tem como o partido do governador não ter candidato. Não podemos sair coligados desde o primeiro turno. Depois, se não passarmos ao segundo turno, definimos quem apoiaremos”, concluiu.

O atual presidente municipal do PMDB, Doático Santos, confirmou, ontem, que não indicará o nome do deputado Stephanes Júnior para compor a chapa que pretende inscrever hoje para a convenção do partido.

Doático informou que contemplará na chapa o nome do governador Roberto Requião e de todos os deputados com domicílio eleitoral em Curitiba, menos Stephanes. “A não ser que o Alexandre Curi (deputado estadual e presidente do Conselho Político do PMDB de Curitiba) insista”.

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