Diretoria da Petrobras tem indicados de PT, PP e PMDB

O aparelhamento das estatais tem ajudado os sucessivos governos pós-ditadura a montar suas bases de sustentação política, mas acabou por enfraquecer as empresas, transferindo para elas as brigas políticas travadas do lado de fora. A Petrobras, por exemplo, tem sua diretoria loteada entre o PT, o PMDB e o PP, todos de olho na sua capacidade de investimento, R$ 53 bilhões, em 2008.

A partidarização da empresa levou ainda à suspeita de direcionamento nos convênios assinados com ONGs baianas, entre outras, todas elas ligadas ao PT. E acabou por permitir à oposição (PSDB, DEM e PPS) fechar o cerco junto com o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público para investigar as recentes manobras contábeis feitas pelo diretor financeiro, Almir Barbassa, um dos cinco quadros do PT na direção da Petrobras. A jogada fez com que a estatal deixasse de recolher R$ 4,38 bilhões em tributos aos cofres públicos. Com isso, Estados alegaram prejuízos de R$ 227,4 milhões e exigem ressarcimento.

Diante de tal quadro, e da disputa política que se avizinha, a oposição conseguiu abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras. A luta política de 2010, quando será eleito o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, começou bem antes e atingiu uma estatal fundada em 1954, a quarta mais respeitada do mundo, de acordo com o Reputation Institut.

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