Foto: Lucimar do Carmo/O Estado

Gleisi: vitória folgada.

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Em um encontro extraordinário realizado ontem pela manhã, no auditório da Igreja Orleans, o PT indicou a diretora financeira da Usina de Itaipu, Gleisi Hoffmann, para ser candidata ao Senado, nas eleições de outubro. Gleisi irá compor a chapa majoritária junto com o senador Flávio Arns que, em encontro anterior, havia sido lançado para concorrer ao governo do Estado. Para fechar a chapa, falta apenas definir o candidato a vice-governador que, segundo o presidente estadual do partido, André Vargas, será indicado pelos futuros aliados, o PSB, PL e PC do B, entre outros partidos que estão conversando sobre uma composição com o PT na sucessão estadual.

Gleisi disputou a vaga com a deputada federal Dra. Clair Martins e obteve 197 votos, totalizando 81% da votação. Dra. Clair somou 42 votos. Dos 43 delegados que participaram do encontro, apenas quatro anularam o voto.

Clair fez a campanha com críticas à política econômica do governo federal. Gleisi, ao contrário, disse no discurso que fez antes da votação que, uma das razões da sua candidatura foi a defesa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, Gleisi participou da equipe de transição que antecedeu a posse de Lula na presidência da República.

Debate

Clair disse que, independente do resultado, considera que saiu vencedora por ter provocado um debate interno sobre os rumos do governo. "Estou respaldada por 62% da população que, segundo as pesquisas, desaprovam a política econômica", disse.

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Já Gleisi afirmou que a política econômica não se restringe à discussão sobre a dívida externa e os juros, criticados pela concorrente. "É o governo que está promovendo as condições para as mudanças profundas no nosso país", afirmou.

As candidaturas de Arns e Gleisi e do candidato a vice-governador, além das chapas para a Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa, serão homologadas em convenção, que será marcada dentro do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral, entre 10 e 30 de junho.

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