O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, não quis comentar nesta sexta-feira (5) as possíveis linhas de investigação do inquérito instaurado para apurar o suposto grampo que captou a conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Garantiu, no entanto, que o trabalho da polícia não parte de alguém suspeito.
“Não estamos investigando pessoas nem instituições, estamos investigando o fato. A partir deste fato, qualquer pessoa, independentemente de ser agente público ou não, que for identificada como autora será alcançada e responsabilizada. Se for agente público, o próprio Direito Penal prevê o agravante”, disse Correa após inaugurar, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, novas instalações da na Polícia Federal.
“Não queremos é que coloquem a atividade lícita, legal, que a Polícia Federal e as demais polícias fazem, no mesmo campo onde operam estes que são da ilegalidade, pois quem perde com isto é a sociedade. A polícia opera dentro do campo da legalidade para produzir provas, com o controle do Ministério Público, do judiciário e os seus atos são facilmente auditáveis, enquanto que estes que operam em um determinado campo são criminosos e, como tal, serão buscados pela Polícia Federal”, afirmou Corrêa.