A possível abertura hoje de processo penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de formação de quadrilha é vista com apreensão pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que já é réu por corrupção ativa no esquema do mensalão, e três integrantes da antiga cúpula do PT. Apesar de a pena prevista no Código Penal ser suave – varia de um a três anos de prisão -, o delito de formação de quadrilha é considerado emblemático, pois tem apelo no imaginário popular.
Na avaliação de assessores petistas, o termo ‘quadrilha’ é mais bem compreendido do que peculato, por exemplo, crime que prevê penas mais robustas – de 2 a 12 anos de prisão, a mesma de corrupção ativa – para quem usa bens públicos para proveito pessoal.
Além de Dirceu, integram o ‘núcleo político-partidário’ do esquema do mensalão, na definição do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, o deputado José Genoino (SP), ex-presidente do PT, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido – os dois também já réus por corrupção ativa -, e Sílvio Pereira, ex-secretário-geral da sigla. O Supremo decide hoje se a antiga cúpula petista responderá por formação de quadrilha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.