O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) negou, na tarde desta sexta-feira, em Curitiba, que esteja percorrendo o País em campanha por sua absolvição no processo que julga o “mensalão” no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não faz sentido mobilizar a militância para isso. Quem decide são os 11 ministros do STF. Vou viajar o país como sempre fiz, não para fazer campanha, foi uma interpretação errada”, disse.
“Claro que nas viagens que faço pelo Brasil, falando sobre a conjuntura, sobre a reforma política, eu informo as pessoas sobre os processos, pois tenho que prestar contas”, argumentou, antes de iniciar uma dessas palestrar, na sede do PT estadual, que foi fechada à imprensa.
Com uma das acusações prescrevendo em agosto, Dirceu disse esperar que seja julgado antes desse praso, “para não ficar dúvidas sobre a inocência”. “Está praticamente concluso o processo, dentro de 60 dias o relator vai conseguir fazer o relatório dele. São 38 réus, 50 mil páginas, vai tomar um tempo”, disse.
Sobre a sentença, Dirceu mostrou-se confiante. “Espero que haja justiça, que não seja um processo político, que o Supremo não seja pressionado para esse lado ou para aquele. Deixem a Justiça fazer Justiça”, afirmou.
O ex-ministro disse que não tem pretensão de voltar ao governo mesmo que absolvido pelo STF. “Não tenho nenhuma expectativa de voltar para o governo ou de ser candidato. Minha prioridade é o julgamento e a construção do partido, a vida política que levei nos últimos cinco anos”, disse.