A presidente Dilma Rousseff vai votar, no próximo domingo, 10, na eleição interna que escolherá o presidente do PT para o período 2014-2018. A recondução do deputado Rui Falcão ao comando do partido é dada como certa, embora cinco outros candidatos estejam na disputa. Com essa credencial, Falcão coordenará a campanha de Dilma ao segundo mandato.
Filiada ao PT desde 2001, Dilma deverá votar na sede do Diretório Nacional, em Brasília. Um total de 806 mil filiados estão aptos a escolher a nova direção do PT, em todo o País.
Rui Falcão conta com o apoio da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no partido e integrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disputam contra Falcão os deputados Paulo Teixeira (Mensagem ao Partido), Renato Simões (Militância Socialista), Valter Pomar (Articulação de Esquerda), Markus Sokol (O Trabalho) e Serge Goulart (Esquerda Marxista).
No Rio Grande do Sul, Dilma sempre foi próxima da Democracia Socialista (DS), abrigada na tendência Mensagem ao Partido. Ela e seu ex-marido Carlos Araújo, porém, são amigos pessoais de Falcão desde os anos 1970, quando militavam em organizações de extrema-esquerda.
Embora a CNB esteja rachada em vários Estados, tudo indica que será a “Mensagem” – grupo do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – que perderá mais força na eleição petista. Foi esse grupo, liderado pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que pregou a “refundação” do PT quando ocorreu o escândalo do mensalão, em 2005.
Se a “Mensagem” deixar de ser a segunda força no mosaico ideológico do petismo, a secretaria-geral do partido, hoje ocupada por Paulo Teixeira, pode ser controlada pela corrente “Movimento PT”, que apoia Falcão e tem em suas fileiras o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP).