A presidente Dilma Rousseff irá ao velório do ex-presidente da República e senador Itamar Franco (PPS-MG) na segunda-feira em Belo Horizonte, conforme informou hoje a assessoria do Palácio do Planalto. O velório na capital mineira acontecerá no Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas Gerais. Antes disso, porém, amanhã, Itamar será velado em Juiz de Fora (MG), na Câmara Municipal.
O corpo do ex-presidente, que morreu na manhã deste sábado, depois de ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante a madrugada, permanece no hospital Albert Einstein, na capital paulista
Amanhã, por volta das 7h30, deixará o hospital, seguindo para o aeroporto de Congonhas, onde será trasladado com destino a Juiz de Fora. Segundo a assessoria do ex-presidente, o velório deve começar por voltas das 10 horas, na Câmara Municipal da cidade mineira.
Na segunda-feira pela manhã o corpo seguirá para Belo Horizonte, onde também será velado no Palácio da Liberdade. Após o velório, o corpo será cremado em Contagem, em cerimônia restrita a familiares e amigos. As cinzas voltarão para Juiz de Fora, onde começou sua vida pública.
A família recusou o oferecimento, por parte da Presidência, de um velório de chefe de Estado no Palácio do Planalto, em Brasília, bem como de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para trasladar o corpo de São Paulo para Juiz de Fora.
Sarney
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que segue para Juiz de Fora (MG) amanhã, às 10h, para participar do velório e das homenagens a Itamar, por quem disse nutrir amizade, afeto e até intimidade desde 1974. Em luto, o Senado não realizará sessão nesta segunda-feira. A pedido de Sarney, a Casa vai votar requerimento marcando data para uma sessão especial em que serão prestadas homenagens póstumas ao ex-presidente.
Para Sarney, Itamar era um nacionalista autêntico e sua morte foi uma grande perda para Minas e o Brasil. “Durante sua presença na vida pública, foi sempre um defensor marcante das causas da nacionalidade”, afirmou o senador, lembrando o Plano Real como um dos feitos mais relevantes de Itamar.
“Quando presidente, coube-lhe enfrentar um período difícil da transição que estávamos atravessando na economia, foi ele quem teve a oportunidade de estabilizar economicamente o País com o Plano Real, que ele editou e foi continuado por Fernando Henrique (Cardoso) e (Luiz Inácio) Lula”, acrescentou.