Para fortalecer a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o Planalto quer levá-la para os palanques de inauguração e lançamento de obras pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Lei Eleitoral não impede a inauguração de obras no período eleitoral, o que permitirá a Lula “abraçar a campanha da ministra Dilma”, segundo revelou um ministro ao jornal O Estado de S. Paulo.

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Pelo plano traçado, mesmo após deixar o cargo, com a desincompatibilização prevista para até 3 abril, Dilma poderá acompanhar Lula nessas solenidades. A Lei Eleitoral proíbe apenas que os candidatos participem de inaugurações de obras públicas três meses antes das eleições. Assim, Dilma terá de abril a julho para aproveitar essa agenda.

O principal “formador” de palanques será o Ministério dos Transportes. Terá R$ 17 bilhões para investir, este ano, em obras de infraestrutura, garantindo extensa pauta de inaugurações no período eleitoral.

“A determinação do presidente Lula é para que se gaste”, revela outro interlocutor do governo. Na reunião ministerial da semana passada, Lula deixou claro que é preciso manter um ritmo forte de execução dos projetos. Os secretários-executivos, que vão substituir os ministros que se afastarão do cargo para concorrer às eleições, foram avisados de que “não poderão afrouxar” na execução dos projetos.

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