A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, usou tom nacionalista para falar da “nossa cana-de-açúcar”, o “nosso etanol” e a “nossa Petrobras”, em discurso hoje na inauguração da primeira turbina movida a etanol em uma usina térmica no mundo, instalada em Juiz de Fora, em unidade administrada pela Petrobras.
Dilma tratou de ressaltar as vantagens ambientais brasileiras frente a outras nações, que possuem na matriz energética um menor porcentual de fontes renováveis do que o Brasil. “Muitos já gastaram todas as suas reservas. É o caso de alguns países da Europa que chegaram a explorar até 90% de seu potencial, ou mesmo de outros que utilizam carvão e óleo combustível porque não têm alternativas. Nós aqui somos abençoados”, disse.
Após discorrer sobre toda a programação feita hoje em Minas Gerais junto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma dedicou a maior parte do seu discurso para tratar da importância do desenvolvimento da tecnologia do etanol para buscar mercado lá fora e para “cuidar do meio ambiente”. “Vocês leem todos os dias nos jornais sobre os esforços que o mundo tem que fazer para que não haja um esquentamento de mais de dois graus nos próximos anos. E o Brasil assumiu o compromisso de desenvolver projetos como este, utilizando gás e o etanol, o nosso etanol renovável, produzido ao longo de décadas de esforços dos brasileiros”, disse.
Dilma ressaltou que esta usina pode ser considerada um marco para a criação de um novo mercado para a “nossa cana-de-açúcar”. “São produzidos hoje 27 bilhões de litros de etanol, e exportamos só 4,5 bilhões. Com este projeto agora vamos aumentar as riquezas dos País. Vamos exportar também a vantagem de sermos os primeiros nesta caminhada rumo à utilização de maior volume de fontes renováveis. Aqui em Juiz de Fora estamos dando um exemplo para o mundo”, disse.
A ministra também fez questão de ressaltar a importância da continuidade do atual governo e seus projetos. “Nosso País, o Brasil, Minas e Juiz de Fora podem muito mais. Somos capazes de fazer mais quando temos autoestima e o Brasil hoje é valorizado. O presidente Lula é hoje uma das maiores lideranças mundiais, para não dizer a maior. E vamos fazer mais. Há esta vontade de tornar o Brasil a quinta potência nas próximas décadas, gerando mais e mais emprego”, disse.