Dilma sobre votos em SP:nada que não se possa solucionar

Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta quarta-feira que a sua intenção de votos em São Paulo não é “nada que não se possa solucionar” e questionou o êxito do candidato do PSDB, Aécio Neves, na região Sudeste. Aécio abriu uma margem superior a 4 milhões de votos no maior colégio eleitoral do País, São Paulo. “Eu tive mais votos aqui (no Nordeste). Ele teve mais votos lá (Sudeste)”, comentou a petista, que começou por Teresina suas atividades de campanha na rua no segundo turno, dando início a uma maratona de eventos programados em capitais nordestinas nos próximos dias.

“No Sudeste, não é bem assim (o êxito de Aécio), tanto é que eu ganhei em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. De fato, há uma diferença em São Paulo, nada que não se possa solucionar. Nós iremos nos esforçar através do diálogo, das conversas, das mobilizações, da internet, da televisão para ampliar a votação em todos os Estados da federação”, disse.

De acordo com Dilma, o seu governo e o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contribuíram para reduzir as desigualdades sociais, em especial no Nordeste. “As pessoas, antes de 2003 não estavam acostumadas a consumir geladeira, fogão, celular, televisão. O que aconteceu no Brasil foi uma revolução no mercado de consumo. Houve aumento de salários, um aumento extraordinário dos empregos, enquanto o período anterior a mim e ao Lula, desempregavam”, provocou a presidente em mais uma referência ao governo do PSDB.

Dilma agradeceu a votação “consagradora” no Piauí, Estado onde obteve 70,61% dos votos válidos no primeiro turno, a maior votação proporcional. Ela reiterou que pretende visitar até o final do segundo turno todos os demais Estados da região Nordeste.

Apoio

Indagada sobre um eventual apoio da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva ao candidato tucano, Dilma respondeu: “Democracia é isso. É um exercício no qual as pessoas apoiam aqueles que elas mais se identificam. Agora, você assume também o compromisso com os princípios daquele projeto. Eu acho que é muito melhor (assim) do que processos ditatoriais em que as pessoas não votam, não discutem, não debatem, não têm direito à livre escolha.”

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