A presidente Dilma Rousseff ainda segue em sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e, segundo sua assessoria, não houve cancelamento da agenda prevista para as 10 horas com o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo. A assessoria não sabe dizer a razão do atraso. Interlocutores afirmam que existe a possibilidade de a presidente passar o dia no Alvorada.
Mesmo com o resultado praticamente certo na votação do Senado, que deve culminar com o afastamento da petista, no Palácio do Planalto o clima é de apreensão. Algumas áreas do local foram “interditadas” para o trânsito de jornalistas. No quarto andar, onde ficam a Casa Civil e a Secretaria de Governo, e onde está acontecendo a reunião ministerial, não é permitida a circulação da imprensa. Há funcionários da Secretaria de Imprensa impedindo que os jornalistas acessem o andar.
Um ministro ouvido pela reportagem afirmou que ainda “há esperança” de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki decida a favor do governo para suspender o processo de impeachment. No entanto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou logo após a abertura dos trabalhos na casa que o mandado de segurança impetrado pelo governo no STF para anular o processo de impeachment não vai interferir na sessão do Senado.