O comitê de Dilma Rousseff (PT) está preocupado não apenas com o impacto do escândalo envolvendo a Casa Civil nos índices de intenção de voto da petista como com a disseminação de boatos, nas igrejas e nos templos, dando conta de que a candidata é a favor do aborto. Pouco antes de gravar, ontem, o último programa de TV de Dilma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez reunião com a cúpula da campanha para dar o tom da reação.

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A queda de Dilma na pesquisa do Datafolha acendeu o sinal amarelo no comitê. Embora as sondagens internas da campanha sejam bem mais otimistas e mostrem que a candidata do PT tem grande chance de ganhar no primeiro turno, dirigentes do partido sabem que ela sofreu um revés.

Dilma vai se reunir com religiosos, em seu escritório no Lago Sul, em Brasília. Segundo Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, padres e pastores pediram a conversa, sob o argumento de que boatos contra a petista têm sido disseminados por fiéis e ninguém sabe de onde vêm. Além da questão do aborto, circulam nas igrejas e nos templos rumores de que a candidata teria afirmado que “nem Jesus Cristo” tira dela a vitória. Dilma, porém, nunca disse esta frase.

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