A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, reúne-se amanhã, 29, em Curitiba, com dirigentes, parlamentares e militantes do PT.
Apontada como a aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a sua sucessão na eleição presidencial de 2010, a ministra vem a Curitiba representá-lo na inauguração do teatro da Universidade Positivo, à noite.
Entretanto, a ministra chega no início da manhã à cidade para um encontro com empresários no Centro Integrado de Empresários e Trabalhadores do Paraná (Cietep).
O encontro com os petistas de Curitiba está marcado para o período da tarde. A conversa, que começa às 15 horas, no Hotel Bourbon, terá como tema as eleições municipais deste ano e a conjuntura política nacional, com pinceladas sobre a sucessão presidencial de 2010. A ministra deverá discorrer sobre a relação entre as duas disputas para os filiados do partido.
Até o mandato anterior, vista como um quadro técnico do governo, a ministra vem ganhando feições políticas desde que assumiu a Casa Civil no lugar do ex-deputado José Dirceu. De lá para cá, a ministra foi ganhando espaço político no PT. E passou a acompanhar Lula nos vários compromissos pelo país, sobretudo nas viagens para liberação de recursos do PAC. Na semana passada, Dilma esteve em Foz do Iguaçu com o presidente Lula. E pela primeira vez em cinco anos de mandato de Lula, a ministra terá uma reunião partidária em Curitiba.
A conversa com os empresários foi incluída na agenda da ministra a pedido da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e da Associação Comercial do Paraná (ACP). A Fiep divulgou ontem que a ministra terá uma reunião reservada com diretores das duas entidades, em que os presidentes da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, e da ACP, Avani Slomp Rodrigues, apresentarão um documento com reivindicações do setor para o governo. De acordo com a assessoria da Fiep, os empresários vão solicitar o início de obras de infra-estrutura previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que ainda não saíram do papel. Conforme a Fiep, a expectativa é que a ministra interfira para que as obras sejam realizadas.
Sem troca
A ministra vem conversar com o PT no momento em que o partido discute as alianças e composições para as eleições municipais. Ontem, a presidente estadual do partido e pré-candidata do partido à prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann, manifestou-se sobre as declarações do governador Roberto Requião que, durante reunião do diretório nacional do PMDB, anteontem, em Brasília, disse que a aliança entre o seu partido e o PT se orienta pelo princípio da reciprocidade.
A presidente estadual do PT retrucou. ?Nós não nos movemos apenas por cálculos eleitorais e nossas alianças não são baseadas no toma lá, dá cá. Fazemos alianças pautados na conjuntura política e que levem em consideração o melhor resultado da administração pública para a população?.