A presidente Dilma Rousseff reuniu os principais ministros da coordenação política do governo nesta segunda, 12, no Palácio da Alvorada para traçar cenários de reação à aprovação do pedido de impeachment a ser apreciado a partir desta terça, 13, na Câmara. Os ministros Ricardo Berzoini (Governo), Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e o assessor especial Giles Azevedo estiveram entre a manhã de hoje e início da tarde deste feriado em reunião com Dilma. Integrantes da bancada do PT foram chamados para uma reunião para o início desta noite com o ministro Ricardo Berzoini no Palácio do Planalto.

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Na avaliação do governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve avaliar, ainda nesta terça, o pedido de impedimento da presidente assinado pelos juristas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr.

Acuado pelas investigações da Operação Lava Jato, Cunha avalia dar seu aval e abrir o processo de impeachment de Dilma sem a necessidade de submeter o pedido ao plenário da Câmara. Até aqui, o governo trabalhava com o cenário de abertura do processo após uma votação no plenário. Pelo script, Cunha negaria o pedido dos juristas, mas deputados da oposição apresentariam um recurso para submeter o pedido ao voto no plenário. Seriam necessários 257 dos 513 deputados para cumprir esse roteiro.

Mas o enfraquecimento de Cunha após as revelações do Ministério Público da Suíça de que ele e sua mulher mantêm quatro contas secretas em bancos do país deve mudar o cenário.

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