Depois de se reunir, no início da tarde desta segunda-feira, com líderes do Movimento Passe Livre, a presidente Dilma Rousseff pretende prosseguir, nesta terça-feira, 25, com nova rodada de encontros com setores que estão participando dos protestos nas ruas do País. A ideia da presidente é receber, primeiro, lideranças ligadas a movimentos urbanos e, depois, na quarta-feira, 26, pela manhã, pessoal da área de cultura, e à tarde o campo, incluindo MST, Contag, Fetraf, entre outros.
Na conversa com representantes do passe livre, de acordo com informações do Planalto, a presidente lembrou as dificuldades de colocar em prática esta proposta e citou que, quando se faz tarifa zero, o dinheiro tem de sair de algum lugar. Mas prometeu discutir e estudar o assunto. Dilma prometeu ainda a eles que, caso eles tenham razão, é possível que sejam realizadas novas reduções nas tarifas públicas de transporte público.
Ainda nesta terça-feira, às 10 horas, Dilma conversará com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coelho, que irá acompanhado do presidente do movimento do combate à corrupção eleitoral, Marlon Reis. A agenda da presidente, no entanto, só será fechada, no final do dia, depois que for encerrada a reunião com os governadores, quando os encontros e seus horários serão fechados.
Com esta rodada de conversações, que poderá incluir ainda reunião com as Centrais Sindicais, a presidente Dilma quer mostrar que, definitivamente, mudou o seu jeito de governar e está ouvindo as vozes das ruas. “É um segundo tempo do governo”, comentou um interlocutor da presidente. Este segundo tempo, comentou, é absolutamente necessário neste momento, para dar um freio de arrumação no governo, para que não haja surpresas desagradáveis em 2014.
Na conversa com os jovens do movimento do Passe Livre a presidente Dilma Rousseff tentou ser a mais informal possível. Os meninos até a trataram por “você” sem nenhum constrangimento ou reparo por parte da presidente. “Vim ouvir vocês”, disse Dilma. A conversa começou meio dura, com os “meninos” cobrando várias partes do documento que entregaram para o governo e a presidente fez questão ouvir o que eles têm a dizer sobre a tarifa zero.