A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira (4) que são falsas as acusações da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, de que teria havido interferência sua no processo de venda da empresa de aviação comercial Varig.

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"O governo não participou da venda da Varig. O processo foi amplamente divulgado pela imprensa", disse a ministra, depois de apresentar relatório sobre obras realizadas no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quarta-feira, a ex-diretora da Anac afirmou que foi pressionada pela ministra Dilma Rousseff e pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a tomar decisões favoráveis venda da VarigLog e da Varig ao fundo americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.

Segundo a reportagem, a ministra tentou impedir que Denise exigisse documentos dos sócios da empresa que comprou a Varig, contrariando a legislação brasileira que proíbe estrangeiros de ter mais de 20% do capital das companhias aéreas.

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Dilma admitiu que o governo teve grande preocupação com o processo da falência da empresa, mas enfatizou que a venda da Varig não foi feita pelo governo, nem decidida pelo governo. O governo não decidiu sobre isso, portanto, a Anac decidiu complementarmente ao juiz, afirmou Dilma.

"Destaco que esse tema (da falência da Varig) foi tratado no âmbito da Anac. Nós consideramos falsas essas acusações, até porque o processo de falência era público e notório", completou.

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Irritada com a notícia de que a ex-diretora da Anac a teria acusado de interferência no processo, a ministra retrucou: "até estranho as declarações por conta da relação qualificada entre a Casa Civil e a Denise (que foi funcionária da Casa Civil, antes de ocupar o posto na Anac)". "Além de dizer que as acusações são falsas, não tenho mais nada a dizer", finalizou.