Na abertura de reunião com prefeitos de capitais e governadores, que ocorre na tarde desta quarta-feira no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse que decidiu destinar mais recursos para facilitar o transporte das pessoas, nas cidades. “Decidi destinar mais R$ 50 bi para novos investimentos em obras de mobilidade urbana”, disse a presidente. E ela admitiu que essa ação reflete demanda dos protestos realizados recentemente no País. “Essa decisão é reflexo do pleito por melhoria no transporte coletivo no nosso País”, afirmou.

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Ela ressaltou, entretanto, que nos últimos anos Brasil tem tido grande investimento em transporte coletivo. Mas defendeu que o pacto que está sendo proposto nesta segunda precisa assegurar participação da sociedade na discussão política do transporte. E logo em seguida explicou como quer garantir essa presença da população nas decisões nesse setor: “Estou criando o Conselho Nacional de Transporte Público, com a sociedade civil e usuários”, explicou. “A criação de conselhos semelhantes em municípios será extremamente importante”, disse a presidente, remetendo ao compromisso de prefeitos nessa tarefa.

Saúde

O terceiro pacto proposto pela presidente Dilma Rousseff aos governadores e prefeitos foi na área de Saúde. “Quero acelerar os investimentos já contratados em hospitais e Unidades de pronto atendimento”, disse Dilma, ao anunciar que o governo vai acelerar o envio de médicos para o interior e para a periferia das grandes cidades, onde não existem estes profissionais, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Segundo Dilma, médicos estrangeiros também serão contratados para atender as áreas hoje descobertas de profissionais de saúde. Já prevendo as críticas que sofrerá ainda mais por causa desta decisão, a presidente Dilma avisou que esta “é uma medida emergencial”. Dilma ressaltou a contratação de médicos estrangeiros, “não se trata de medida hostil ou desrespeitosa” à categoria, mas que tal ação é necessária porque há dificuldade de encontrar médicos em número suficiente e com disposição para trabalhar nestes locais mais afastados.

“A saúde do cidadão deve prevalecer sobre quaisquer outros interesses”, declarou a presidente, ao informar que o Brasil continua sendo um dos países do mundo que menos emprega médicos estrangeiros. Eles são, 1,79% no Brasil, contra 37% na Inglaterra e 25% na Austrália. A presidente insistiu que existem “regiões onde a população não tem atendimento médico”. E desabafou: “Isso não pode continuar”.

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