A presidente Dilma Rousseff nesta quarta, 22, durante cerimônia de inauguração de uma usina de álcool em Piracicaba, interior de São Paulo, que o Brasil passa por um momento de transição na economia, em função da alteração nas condições internacionais, como o fim do superciclo das commodities. Segundo ela, o governo persegue o reequilíbrio das contas públicas, que é essencial para que a economia se recupere.

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“Estamos atualizando as bases da nossa economia e vamos voltar a crescer dentro do nosso potencial”, disse a presidente, ressaltando que o momento de travessia também apresenta possibilidades. A declaração foi dada em um momento em que o governo discute a redução da meta de superávit primário que, segundo fontes, deve passar de 1,1% do PIB para algo pouco acima de zero.

A presidente defendeu que, neste momento de “travessia”, o País busque “sempre maior produtividade, menores custos e maiores inovações para garantir emprego e crescimento”. Dilma falou ainda sobre o ajuste macroeconômicos e disse que algumas medidas já dão resultados, como o realinhamento dos preços.

Segundo a presidente, o governo vai continuar tomando medidas microeconômicas para facilitar a atividade e garantir ambiente de negócios mais amigável. Dilma prometeu ampliar concessões e “fazer um imenso esforço para manter os principais programas em funcionamento”, disse citando o Minha Casa Minha Vida.

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A ampliação da classe média é, segundo palavras de Dilma, a prioridade do governo. “Queremos consolidar a classe média. Queremos que o Brasil seja um país de classe média”, disse Dilma.

Etanol

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Ainda durante cerimônia de inauguração da usina, Dilma disse que o etanol de segunda geração, que será produzido na unidade, é um importante avanço para o Brasil. Dilma ressaltou o fato de a usina ser localizada na Usina Costa Pinto, “unidade onde nasceu tanto o (Rubens) Ometto quanto a Cosan”. “Aqui se encontram tradição e inovação”, disse a presidente ao citar que a unidade é grande conquista para que o Brasil lidere um paradigma tecnológico de produtividade.

A proposta do etanol de segunda geração será levada por Dilma à 21ª Conferência do Clima (COP 21) das Nações Unidas, que acontece em dezembro em Paris. Segundo a presidente, todos os países se preparam para demonstrar realizações nessa área.

A presidente negou ainda que o etanol seja uma atividade conflitante com o pré-sal e diz que considera fundamental a construção do etanoduto da Raízen com a Petrobras. Dilma diz que a parceria do governo com a Raízen mantém o país na vanguarda da produção de etanol.

Após o evento, a presidente volta imediatamente a Brasília. A previsão é que Dilma chegue à capital pouco depois das 14h.