A presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta terça-feira, 18, em entrevista concedida a rádios locais de Teresina (PI), que o Brasil não financiou o porto de Mariel, em Cuba, mas sim 400 empresas brasileiras fornecedoras de equipamentos. “Nós financiamos as empresas como fornecedoras de equipamentos, bens, serviços. Algo que países como os Estados Unidos e os europeus fazem sistematicamente, até porque é extremamente vantajoso para as empresas brasileiras”, disse a presidente.
Dilma foi questionada sobre o motivo de ter apoiado o porto cubano, mas não ter finalizado o porto de Luís Correia, no Piauí. A presidente afirmou que o problema no Piauí não é uma questão de dinheiro e disse ainda que o recurso de financiamento às empresas fornecedoras do porto cubano vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e não concorre com o recurso destinado ao porto piauiense, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A empresa que ganhou a licitação para a construção do porto no Piauí, segundo Dilma, foi questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) devido a um atraso e supostas irregularidades na prestação de serviços. “Por essa razão, em 2011 o governo rescindiu o contrato com essa empresa. Todas as obras atrasaram. Nós temos que regularizar todas as questões que ficaram pendentes com o tribunal para poder continuar a obra”, disse a presidente, que emendou: “É assim que funciona no Brasil.”
Ela garantiu, no entanto, que o porto sairá: “O de Luís Correia está inteiramente assegurado. Nós inclusive vamos teimar com aquele porto. Prometo que iremos concluí-lo.”
A presidente participa nesta manhã de cerimônia de anúncio de investimentos do PAC 2 Mobilidade Urbana em Teresina, onde também fará a entrega de cinco motoniveladoras e 35 pás carregadeiras para 40 municípios piauienses.
No período da tarde, Dilma participa de cerimônia de anúncio de investimentos do PAC 2 Mobilidade Urbana em Maceió (AL).