Num movimento para reforçar apoios políticos, a presidente Dilma Rousseff nomeou nesta quarta-feira, 03, o irmão do senador Roberto Requião (PMDB-PR), Maurício Requião de Mello e Silva, e o fundador e ex-presidente do PSB Roberto Amaral como conselheiros da usina Itaipu Binacional. Roberto Requião e Roberto Amaral apoiaram a reeleição de Dilma no ano passado.

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Então presidente em exercício do PSB, Amaral afirmou, após o primeiro turno da eleição presidencial, que o PSB havia traído a luta do ex-presidenciável da legenda Eduardo Campos – morto em acidente de aéreo em agosto passado – quando apoiou a candidatura do tucano Aécio Neves. Ex-ministro de Lula, ele é um dos críticos da ação independente do PSB e defende nos bastidores que o partido volte para a base aliada de Dilma.

Requião, por sua vez, fez campanha para voltar a ser governador do Paraná no ano passado. Na reta final do primeiro turno, o senador do PMDB chegou a receber o apoio velado da campanha de Dilma – o PT tinha candidato, a ex-ministra Gleisi Hoffmann. Mesmo assim, o governador Beto Richa (PSDB) foi reeleito em primeiro turno, Requião ficou em segundo lugar e Gleisi, em terceiro.

No Senado, Requião tem dado apoio “crítico” ao governo Dilma. Ele foi um dos que subscreveram um manifesto que defende a mudança da política econômica do governo e votou contra a Medida Provisória 665, que restringiu as regras de acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, mas foi a favor da MP 664, que trata da pensão por morte e que foi incluída a proposta alternativa para acabar com o fim do fator previdenciário. Por outro lado, o peemedebista foi um dos principais entusiastas no partido da indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal, ciceroneando o candidato pelo Senado.

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Os dois vão ocupar os cargos no colegiado até 16 de maio de 2016. Eles substituirão no conselho o físico Luiz Pinguelli Rosa e Orlando Moisés Fischer Pessuti, irmão do também ex-governador do Paraná Orlando Pessuti (PMDB), desafeto de Roberto Requião no partido.