Dilma não convence Requião a se unir com Osmar

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a Brasília, ontem pela manhã, sem convencer o governador Roberto Requião a levar o PMDB a dividir o palanque com o PT e o PDT no Paraná, nas eleições do próximo ano.

Após participar da abertura do Congresso dos Fundos de Pensão, a ministra, acompanhada da presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, jantou com o governador na Granja do Canguiri, anteontem à noite. À mesa estavam também a primeira dama, Maristela Requião, e o irmão do governador, Maurício.

Requião se mostra cada vez mais resistente a um acordo com o senador Osmar Dias, pré-candidato do PDT ao governo. Deixou clara essa posição na conversa com os jornalistas quando acompanhou a ministra na visita ao Hospital Erasto Gaertner e disse que o “caso era sem solução”. No jantar, o tom não mudou. O governador disse à ministra que o PMDB tem um candidato próprio, o vice-governador Orlando Pessuti. E que ele irá apoiar Pessuti.

Mas a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, preferiu destacar o lado positivo da conversa, que é a posição inequívoca de Requião sobre seu apoio à candidatura da ministra à sucessão do presidente Lula. “Ele elogiou muito o discurso da ministra com seu viés nacionalista e desenvolvimentista”, disse a dirigente petista.

Quanto ao palanque com todos os aliados de Lula no Paraná, em torno da candidatura de Osmar, Gleisi admite que o diálogo não evoluiu. “Acreditamos que a composição de uma aliança no Paraná é um processo lento, vagaroso e que requer paciência”, afirmou.

A ministra falou a Requião da importância de juntar todos os aliados no projeto eleitoral do próximo ano. Ressaltou a vontade do presidente Lula de ter o PDT na coligação. Mas o governador não se sensibilizou.

Para Gleisi, mesmo assim, o encontro foi produtivo. Serviu para ir quebrando o gelo entre Requião e Dilma e ir aproximando mais o governador do projeto nacional do presidente Lula.

Ao contrário do que fez quando o presidente Lula esteve aqui há algumas semanas, quando viajou ao interior, o governador, desta vez, fez questão de receber e acompanhar a ministra.

Foi com ela no Hospital e acompanhou-a no Congresso, antes do jantar. Nos intervalos, Requião não se cansou de dizer que, apesar da “afronta” do PT em querer se aliar ao senador Osmar Dias, tem feito um esforço descomunal para evitar que o partido no Paraná “caia nos braços do PSDB”.

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