Na tentativa de manter a boa votação conquistada em 2010, e prevendo uma disputa mais acirrada pelo eleitorado das grandes cidades, a campanha da presidente Dilma Rousseff planeja usar três programas federais para “bombar” a candidatura da petista nos pequenos municípios brasileiros. Pulverizada em mais de 4,3 mil cidades com menos de 20 mil votantes cada, essa fatia representa quase um quarto do eleitorado nacional.

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A campanha quer desencadear ao longo da disputa uma ação de mobilização que deixe claro aos eleitores que programas com grande capilaridade – como Minha Casa Minha Minha Vida, Mais Médicos e a doação de máquinas às prefeituras – são realizações do governo comandado pelo PT. Está em estudo qual a melhor forma de criar o “canal direto” com a militância nas pequenas cidades. Ele pode ficar apenas a cargo dos comitês estaduais ou ainda sob uma coordenação específica do QG da campanha em Brasília.

De acordo com o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE), o foco da ação do partido no interior será no fortalecimento das lideranças locais e na estruturação de agendas de mobilização. “Os pequenos precisam estar mobilizados para atos nos médios e grandes municípios”, resume.

Já o coordenador da campanha em Pernambuco, senador Humberto Costa (PE), avalia que é preciso achar uma fórmula para se chegar aos eleitores das menores cidades, embora a disputa esteja centrada nos grandes centros.

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O partido acredita que conseguiu fidelizar essa fatia do eleitorado com a “interiorização” de investimentos da União iniciados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo que frutos já foram colhidos na eleição de 2010.

Naquele ano, Dilma teve no primeiro turno desempenho mais forte quanto menor a cidade. Aquelas entre 10 mil e 20 mil eleitores, por exemplo, garantiram à petista uma média de 56,9% dos votos válidos. O resultado foi praticamente igual nos municípios com menos de 10 mil eleitores (56,3%) e bem acima do alcançado nacionalmente (46,9% no primeiro turno).

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Para manter os atuais índices e se possível crescer, a aposta agora é capitalizar em votos as três ações federais que não existiam ou estavam no seu início no último pleito. O programa habitacional, por exemplo, foi criado em 2009 e contratou até o momento 720 mil unidades nas cidades com menos de 50 mil habitantes. Já o Mais Médico espalhou pelo País 14 mil profissionais para o atendimento básico na saúde, a maioria para localidades consideradas como de alta vulnerabilidade; no âmbito do PAC 2 Equipamentos, a União entregou 18.071 máquinas (caminhões caçamba, motoniveladoras, retroescavadeiras, entre outros) para todos os municípios com menos de 50 mil habitantes do País.

“As prefeituras nunca receberam tanta ajuda. Ela (Dilma) vai vencer a votação nos pequenos municípios”, afirma Olavo Noleto, ex-subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência e candidato pelo PT a deputado federal por Goiás.

O reforço a esse eleitorado cativo tem por objetivo assegurar os votos no varejo numa eleição que promete ser mais dura nos grandes centros do que na disputa anterior. Principal oponente de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB) conseguiu construir palanques competitivos nos estados que abrigam os maiores centros urbanos do País.

Recentes sondagens eleitorais têm mostrado que Dilma alcança os melhores resultados na preferência do eleitorado nas pequenas localidades. No último Datafolha, divulgado no início do mês, a presidente marca 47% das intenções de voto nos municípios com menos de 50 mil habitantes. O desempenho da petista é menor nos demais municípios: naqueles entre 50 mil e 200 mil moradores ela é preferida por 39% dos entrevistados; em cidades com população entre 200 mil e 500 mil o número despenca para 27% e nos centros com mais de 500 mil habitantes ela tem leve recuperação, para 32%. A campanha quer desencadear ao longo da disputa uma ação de mobilização que deixe claro aos eleitores que programas com grande capilaridade – como Minha Casa Minha, Mais Médicos e a doação de máquinas às prefeituras – são realizações do governo comandado pelo PT. Está em estudo qual a melhor forma de criar o “canal direto” com a militância nas pequenas cidades. Ele pode ficar apenas a cargo dos comitês estaduais ou ainda sob uma coordenação específica do QG da campanha em Brasília.

De acordo com o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE), o foco da ação do partido no interior será no fortalecimento das lideranças locais e na estruturação de agendas de mobilização. “Os pequenos precisam estar mobilizados para atos nos médios e grandes municípios”, resume.

Já o coordenador da campanha em Pernambuco, senador Humberto Costa (PE), avalia que é preciso achar uma fórmula para se chegar aos eleitores das menores cidades, embora a disputa esteja centrada nos grandes centros.

O partido acredita que conseguiu fidelizar essa fatia do eleitorado com a “interiorização” de investimentos da União iniciados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo que frutos já foram colhidos na eleição de 2010.

Naquele ano, Dilma teve no primeiro turno desempenho mais forte quanto menor a cidade. Aquelas entre 10 mil e 20 mil eleitores, por exemplo, garantiram à petista uma média de 56,9% dos votos válidos. O resultado foi praticamente igual nos municípios com menos de 10 mil eleitores (56,3%) e bem acima do alcançado nacionalmente (46,9% no primeiro turno).

Para manter os atuais índices e se possível crescer, a aposta agora é capitalizar em votos as três ações federais que não existiam ou estavam no seu início no último pleito. O programa habitacional, por exemplo, foi criado em 2009 e contratou até o momento 720 mil unidades nas cidades com menos de 50 mil habitantes. Já o Mais Médico espalhou pelo País 14 mil profissionais para o atendimento básico na saúde, a maioria para localidades consideradas como de alta vulnerabilidade; no âmbito do PAC 2 Equipamentos, a União entregou 18.071 máquinas (caminhões caçamba, motoniveladoras, retroescavadeiras, entre outros) para todos os municípios com menos de 50 mil habitantes do País.

“As prefeituras nunca receberam tanta ajuda. Ela (Dilma) vai vencer a votação nos pequenos municípios”, afirma Olavo Noleto, ex-subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência e candidato pelo PT a deputado federal por Goiás.

O reforço a esse eleitorado cativo tem por objetivo assegurar os votos no varejo numa eleição que promete ser mais dura nos grandes centros do que na disputa anterior. Principal oponente de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB) conseguiu construir palanques competitivos nos estados que abrigam os maiores centros urbanos do País.

Recentes sondagens eleitorais têm mostrado que Dilma alcança os melhores resultados na preferência do eleitorado nas pequenas localidades. No último Datafolha, divulgado no início do mês, a presidente marca 47% das intenções de voto nos municípios com menos de 50 mil habitantes. O desempenho da petista é menor nos demais municípios: naqueles entre 50 mil e 200 mil moradores ela é preferida por 39% dos entrevistados; em cidades com população entre 200 mil e 500 mil o número despenca para 27% e nos centros com mais de 500 mil habitantes ela tem leve recuperação, para 32%.