A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tornou-se mais conhecida do eleitor nos últimos meses e, por conta disso, a rejeição ao seu nome foi a que mais caiu entre novembro de 2009 e março deste ano. Na pesquisa CNI/Ibope, realizada entre os dias 6 e 10 de março e divulgada hoje, 44% dos 2.002 entrevistados disseram conhecer bem ou mais ou menos a ministra, 12 pontos porcentuais a mais que os 32% da pesquisa realizada em novembro – e divulgada em dezembro passado. A margem de erro da nova pesquisa é de 2 pontos porcentuais.
Segundo o diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi, a forte queda de 14 pontos porcentuais (de 41% para 27%) no índice de rejeição à ministra entre novembro e março está relacionada ao maior conhecimento da pré-candidata. “Há uma clara correlação entre maior conhecimento e menor rejeição. A estratégia de torná-la mais conhecida tem sido bem sucedida”, afirmou, referindo-se ao fato de Dilma estar constantemente presente no noticiário, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ainda é o mais conhecido dos eleitores: 65% afirmaram conhecê-lo bem ou mais ou menos, 21 pontos porcentuais acima do índice de Dilma. Na pesquisa anterior, o índice era de 69%. Ciro Gomes é bem ou mais ou menos conhecido por 45% dos eleitores, mesmo porcentual do levantamento anterior. Marina Silva é a menos conhecida, com índice de 23%, ante 21% anteriormente.
A queda no índice de rejeição da ministra foi a maior registrada na pesquisa, embora a rejeição dos demais candidatos também tenha recuado. O porcentual de eleitores que declararam que não votariam “de jeito nenhum” no governador José Serra, presidenciável do PSDB, recuou de 29% para 25% no período. A rejeição ao deputado Ciro Gomes (PSB-CE) caiu de 33% para 28% e à senadora Marina Silva (PV-AC) cedeu de 40% para 31%. Apesar da forte queda, Marina é a pré-candidata que tem a maior rejeição entre os quatro. Na pesquisa anterior, Dilma tinha a maior rejeição entre os pré-candidatos, com 41%, seguida de Marina, com 40%, Ciro, 33%, e Serra, 29%.