A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, aproveitou a procissão do Círio de Nazaré, na manhã de hoje (11), que reuniu dois milhões de pessoas, para fazer propaganda do governo Lula.
Primeira vez que assiste à manifestação religiosa, ela disse ficado impressionada com o fato de muita gente carregar miniaturas de casas e até tijolos durante a caminhada em torno da Virgem.
“Perguntei a duas pessoas que carregavam as miniaturas se era por agradecimento ou pedido”, disse em entrevista à imprensa. “Uma respondeu que era por agradecimento, outra por promessa para conseguir uma casa”.
“O governo está no caminho certo”, avaliou. “Fico muito satisfeita com o fato de termos feito o programa Minha Casa, Minha Vida, porque é visível aqui a importância que as pessoas atribuem à casa, como o local fundamental para qualquer pessoa ter segurança, criar seus filhos, desenvolver suas relações afetivas, enfim ter um teto para desfrutar todos os momentos da vida – os bons e os ruins”.
A ministra desembarcou em Belém na noite de ontem (10), vindo de Salvador. Jantou com lideranças da base aliada do governo, num encontro fechado, e hoje passou duas horas – das sete às nove horas – acompanhando a procissão do Círio, que qualificou como uma das maiores manifestações religiosas do mundo.
Comparou a multidão de homens, mulheres e crianças a uma onda humana e ajudou, do palanque do governo do Estado, de onde assistiu à passagem da imagem da santa, ao lado do ministro das Relações Institucionais, Carlos Padilha, e da governadora Ana Júlia Carepa (PT), a recolher crianças que se perdiam dos pais.
Os políticos locais também aproveitam politicamente o ato de fé que mobiliza toda a população. “Uma realização do governo do Pará e da prefeitura de Belém”, anunciava um alto falante enquanto, no chão, dezenas de fiéis desmaiavam no meio da multidão e eram socorridos por voluntários e pessoal do Exército, Cruz Vermelha e polícias civil e militar.
Depois de conceder entrevista, Dilma Rousseff embarcou para Brasília. A ministra, que vem fazendo uma peregrinação religiosa – desde encontro com evangélicos a missa de ação e graças na Igreja Senhor do Bonfim – disse que o périplo religioso não termina aqui. “No Brasil não tem como encerrar isso”, afirmou sorridente.