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Dilma faz ‘mea culpa’ sobre sua relação com Congresso

Em resposta à sua aliada, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Dilma Rousseff aproveitou para fazer um ‘mea culpa’ sobre a sua relação com o Congresso Nacional. Criticada por Eduardo Amorim (PSC-SE), que disse que ficou decepcionado com a “falta de diálogo” de Dilma, a petista pediu desculpas ao parlamentar por não ter “atendido às expectativas”. Ela disse que tem clareza de que a conversa com os deputados e senadores é necessária, mas ressaltou que isso não é base para nenhum crime de responsabilidade.

Gleisi perguntou se com os cortes feitos pelo governo interino será possível continuar os investimentos nos Estados. A estratégia da oposição é criticar medidas adotadas pela gestão de Michel Temer e destacar conquistas do governo Dilma. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, contudo, orientou Dilma a responder apenas questões relativas ao seu governo.

Dilma declarou que atendeu todos os Estados com recursos para obras. “Tenho muito orgulho de ter tirado o Brasil do mapa da fome, e nós tiramos por meio do Bolsa Família, que muitas vezes foi chamado de Bolsa Esmola.” A presidente afastada também lembrou que a antiga oposição apelidou o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida de “Minha Casa, Minha Dilma”. Segundo ela, o intuito era “desmerecer o programa”.

Durante a sua fala, Dilma cometeu uma gafe ao chamar o presidente do STF de “senador Lewandowski”, que relevou o engano.

Em sua fala, Gleisi, que foi ministra de Dilma, disse que a vida de Dilma Rousseff é uma homenagem à democracia e que os senadores que são favoráveis ao impeachment, chamados por ela de algozes, prefeririam estar invisíveis, “para não serem lembrados por este momento cretino do parlamento brasileiro”.

A senadora disse ainda que a mídia internacional é quase unânime em afirmar que o Brasil é vítima de golpe. “Aqui não há tanques, baionetas, mas não faltaram tortura emocional, política e psicológica”, disse a senadora.

Gleisi afirmou também que os senadores deveriam julgar a presidente afastada pelas obras de infraestrutura que foram feitas nos Estados dos senadores. “Todos aqui sabem da importância do PAC, brigavam pelos investimentos”, disse.

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