Dilma fala de crise em pronunciamento de 7 de setembro

A presidente Dilma Rousseff dedicou a maior parte de seu pronunciamento em cadeia de rádio e televisão em comemoração ao dia da Independência para falar dos perigos da crise econômica internacional, mas avisou que a “principal arma” do País “é ampliar e defender mercado interno” e que o seu governo “não irá permitir ataques às nossas indústrias e aos nossos empregos e não vai permitir jamais que artigos estrangeiros venham concorrer, de forma desleal, com nossos produtos”.

Ressaltou ainda que, embora os países mais desenvolvidos do mundo estejam enfrentando graves problemas, o Brasil “está plenamente preparado enfrentar mais este desafio”. Dilma advertiu que “os países ricos se preparam para um longo período de estagnação, até de recessão”, mas tentou tranquilizar o País dizendo que “a crise não nos ameaça fortemente porque o Brasil mudou para melhor”. Avisou, ainda, que “estaremos bem atentos para evitar qualquer efeito mais grave da crise internacional”, ressaltando que “estar atento não significa ficar com medo ou ficar paralisado, ao contrário”, mas sim que “vamos continuar trabalhando, consumindo, abrindo e ampliando empresas, plantando e colhendo fruto da nossa agricultura, prosseguindo os investimentos em infraestrutura a todo vapor”. A presidente salientou ainda que “nossa situação é de fato privilegiada em relação a muitos países do mundo, mas estamos aquém do podemos e do que necessitamos, e temos muito espaço para crescer”.

Citando uma expressão muito usada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a presidente Dilma disse que “este é País que tem rumo” e passou a falar sobre o combate à corrupção. “Este é um país que com mal feito não se acumplicia jamais e que tem na defesa da moralidade e no combate à corrupção uma ação permanente e inquebrantável”, disse a presidente em seu discurso de 11 minutos, que foi ao ar às 20h30 de ontem.

Dilma afirmou que o Brasil “vem surpreendendo o mundo com seu progresso”, mas reconheceu que “ainda precisa avançar ainda mais, que tem de melhorar mais”. Ela insistiu que “o mundo enfrenta os desafios de uma grave crise econômica e cobra respostas novas para seus problemas”. Para ele, a crise “tem a mesma raiz”, mas é “mais complexa do que aquela de 2008, quando nos saímos muito bem”.

Segundo a presidente “nosso Brasil, por ter sido país que se transformou, soube fortalecer e ampliar oportunidades de trabalho, seu mercado interno e o poder de consumo de sua gente, está plenamente preparado enfrentar mais este desafio”. Em seguida, citou que “aqui, o emprego e a renda batem recordes históricos, as reservas internacionais estão mais sólidas do que nunca, o crédito continua crescendo e a inflação está sob controle, os juros voltaram a baixar e a estabilidade da economia está garantida”.

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