A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou hoje que não fará ilações sobre o episódio do pedido de vista do ministro Gilmar Mendes durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do uso do título de eleitor na votação. “Não faço ilação, porque eu não tenho provas”, respondeu a petista, em entrevista coletiva em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ao ser questionada sobre o suposto telefonema do candidato José Serra (PSDB) ao ministro durante o julgamento do caso.

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“O jornal noticiou, apareceu a foto e eu não tenho provas que houve interferência, que houve a ligação, que foi por isso ou por aquilo que foi pedido vista”, declarou a candidata. “Agora, sem sombra de dúvida, se foi, eu acho muito grave, porque é um caso de aparelhamento do Estado flagrante”, completou. A ex-ministra, no entanto, disse não acreditar “que o ministro Gilmar Mendes faria isso”.

Questionada sobre comentários no debate da TV Globo em que abordou doações de campanha, Dilma negou que seu comentário tenha sido um “escorregão”. “As minhas doações são legais, se eles riram (se referindo ao público) é porque as deles não são”, afirmou, ao final da entrevista. “Eles, vocês descubram quem são”, acrescentou. Dilma justificou que as luzes fortes do estúdio a impediram de ver de onde partiu a reação do público naquele momento do debate.

A petista também elogiou a decisão do STF que derrubou a exigência do título de eleitor para votar, em resposta ao pedido formulado pelo PT. Para a candidata, o resultado do julgamento beneficia todas a camadas da população e amplia o direito de votar.

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Remédios

Dilma aproveitou o inicio do mês dedicado aos idosos para elogiar programas de governo que beneficiam essa parte da população e apresentou números. Segundo ela, os investimentos na distribuição de remédios por meio da farmácia popular cresceram de R$ 17,7 milhões para R$ 46 milhões desde 2003, no caso especifico do tratamento de osteoporose.

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Para a doença de Alzheimer, a cifra evoluiu de RS 8,1 milhões para R$ 129 milhões na mesma comparação. Dilma também evitou comentar a possibilidade de decisão em primeiro ou segundo turno. “Estou pronta para o que der e vier”, afirmou.