A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje que espera que o Congresso tenha cautela ao analisar a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de paralisação de 13 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Temos de ter cuidado com a suspensão de obras. O que o TCU fala é indício de irregularidades. O Congresso tem sido cauteloso nisso, porque as obras paralisadas ficam mais caras quando são retomadas”, afirmou a ministra, na saída da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Itamaraty.
Dilma disse que “ninguém” compactua com irregularidades, e que é preciso resolver os problemas apontados pelo TCU. Ela espera que o tribunal converse com a diretoria da Petrobras sobre os indícios de irregularidades apontados nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e de adequação da refinaria presidente Getúlio Vargas, no Paraná. “Acho que é necessária uma discussão do TCU com a Petrobras.”
Dilma relatou que, em recente encontro com o presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, tomou conhecimento do relatório, que mostra que as obras do PAC apresentam menos problemas que obras de outros programas, de outras esferas do governo. Isso porque, segundo a ministra, no entendimento de Aguiar o programa já passa por avaliação prévia do governo.
“O PAC tem quase 2 mil obras. Sempre que o TCU diverge sobre alguma delas, a gente esclarece. Algumas vezes concordamos, outras discordamos. O que é preciso é sempre termos o direito de resposta, o contraditório. E acho que dessa vez não vai ser diferente”, afirmou.