A presidente Dilma Rousseff considerou, em discurso feito nesta terça-feira, 24, no Fórum Político de Alto Nível Sobre Desenvolvimento Sustentável, em Nova York, a erradicação da pobreza como o maior desafio global atual e uma das condições para o desenvolvimento sustentável. Além disso, Dilma citou outros dois fatores, o combate à mudança climática e a preservação da natureza. Juntos, estes elementos formam a “tríade” do desenvolvimento sustentável.
“A pobreza não é exclusiva para países em desenvolvimento e a erradicação precisa ocorrer com desenvolvimento sustentável do meio ambiente e a preservação da natureza”, disse. “Esse fórum político oferece à comunidade nova arquitetura capaz de responder aos desafios”, completou a presidente.
Dilma citou várias vezes as resoluções da Rio+20, no ano passado, no Brasil, e cobrou dos presentes o acompanhamento e a análise dos progressos alcançados. Ela também citou outros desafios a serem superados. “Devemos ser ambiciosos sobre esses desafios e estar à altura das expectativas dos povos, pois, pela primeira vez, está ao nosso alcance a erradicação da pobreza extrema”, afirmou.
Ela citou o esforço do governo brasileiro sobre o tema, com o programa “Brasil Sem Miséria” e com a busca ativa por pessoas que ainda vivem abaixo da linha da pobreza no País. “Apoiaremos todas as iniciativas internacionais, lideradas pelo Fórum, para a erradicação da pobreza. Precisamos garantir que o Fórum se torne um espaço às melhores praticas e a presença do Brasil é reafirmação do compromisso com o avanço da sustentabilidade”, afirmou.
Segundo a presidente, o compromisso para a agenda de desenvolvimento após 2015 foi renovado pelo Brasil com ações locais, como o desenvolvimento com inclusão, a luta contra desmatamento e políticas agrícolas e na indústria, “com uma matriz energética sustentável”.
Ao citar programas como o Bolsa Família, Dilma considerou que o País cresce com a geração de empregos formais, com justiça social e distribuindo melhor a renda, além da preservação do meio ambiente. “Estamos promovendo crescimento com avanço na justiça social e não é luta de gabinetes, é do cotidiano, com empenho da sociedade”.
Ao fim do discurso, Dilma avaliou que a magnitude dos problemas ambientais requer determinação e ousadia em seu enfrentamento. Mais cedo, ela abriu a 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York.