A presidente Dilma Rousseff deu nesta sexta, 19, uma aula para alunos do Colégio da Polícia Militar Alfredo Vianna, em Juazeiro (BA), como parte da Campanha Zika Zero nas Escolas. Durante o evento, ela foi questionada por um dos estudantes sobre se os casos de zika poderiam prejudicar as Olimpíadas 2016, que serão realizadas no Rio de Janeiro. A presidente disse que não, já que o período de maior incidência de proliferação do mosquito Aedes aegypti é de janeiro a junho, “no máximo julho”, e os jogos ocorrem de 5 a 21 de agosto.

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“A Olimpíada é em agosto, e nesse momento haverá uma queda vertiginosa (dos casos de contaminação) por conta da temperatura no País”, afirmou. A presidente disse que o governo tomará com os visitantes estrangeiros as mesmas precauções dadas aos brasileiros, mas que a cidade do Rio de Janeiro e outros locais de competição estão recebendo uma atenção especial.

Ela lembrou que, no último dia 13, dos 220 mil homens das Forças Armadas que participaram da campanha contra o mosquito, 70 mil estavam no Rio. “Vamos ter no Rio todo o cuidado para que nossos visitantes, principalmente se houver mulheres grávidas, tenham consciência de que é fundamental usar repelente e mangas compridas”, acrescentou.

Durante a aula, que durou quase um hora, Dilma falou sobre a origem do vírus da zika, sua chegada ao Brasil em 2015 e o aviso do governo de Pernambuco, em outubro do ano passado, sobre a possível relação com o aumento nos casos de microcefalia. “Começou na região costeira do Nordeste, mas está descendo rapidamente para o restante do País. Tinha poucos casos no Rio Grande do Sul, mas agora já são 30 casos”, contou.

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Ela lembrou que pesquisas mostram que dois terços dos criadouros do mosquito estão dentro das casas, e pediu para que todos gastem 15 minutos, uma vez na semana, para verificar suas residências e eliminar esses possíveis focos de proliferação. “O mosquito não pode ser mais forte que um país inteiro”, afirmou.

Mais cedo, ela visitou a fábrica Moscamed Brasil, que trabalha com o desenvolvimento de mosquitos transgênicos e esterilizados, usados para reduzir a reprodução do Aedes aegypti.

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