A candidata do PT a Presidência da República, Dilma Rousseff, voltou a defender hoje a desoneração integral dos investimentos no País como uma de suas plataformas de governo. A petista classificou o atual sistema tributário brasileiro como “caótico e pouco transparente”. Segundo ela, a redução de tributos que incidem sobre investimentos já avançou bastante durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve continuar se ela for eleita. “A carga tributária sobre investimentos já diminuiu bastante. O governo federal fez uma grande desoneração e nós vamos completar essa desoneração”, disse.
Em entrevista coletiva após participar de almoço com empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo, a ex-ministra-chefe da Casa Civil evitou, porém, dar detalhes sobre que tipo de investimento receberá benefícios e quais tributos serão zerados. “Isso é algo extremamente técnico”, disse. “Nós precisamos dar uma salto de produtividade. Não há sentido em onerar investimentos quando fazemos um esforço enorme para termos um crescimento.”
Na avaliação de Dilma, é preciso também reduzir a incidência de impostos sobre a folha de pagamento. A candidata disse ser uma “perversidade” tributar mais as empresas que mais empregam trabalhadores. “Neste caso, não dá pra ir a zero, porque senão quebramos a Previdência”, ressaltou. “Aí o Tesouro terá de entrar com medidas compensatórias.”
Dilma também defendeu que a devolução de créditos tributários para empresas seja acelerada. “Não há porque não termos a mesma celeridade que temos na arrecadação também na devolução”, afirmou. A candidata disse ainda ser favorável a reduzir os impostos que incidem sobre remédios e energia elétrica. Ela criticou ainda a incidência de impostos em cascata.