O último ato da ministra Dilma Rousseff à frente da Casa Civil, antes de deixar o governo para disputar a presidência da República será o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, agendado para março.
Para capitalizar com o anúncio dos novos investimentos, a ministra alterou a data de sua saída do governo. Se antes pretendia deixar o ministério no final de fevereiro, após o congresso do PT, no dia 20, Dilma agora ficará até o final do período limite para a desincompatibilização, dia 3 de abril, seis meses antes da eleição. O governo acelera para lançar o PAC 2 até o dia 25 de março.
Na coordenação do programa, além da própria Dilma, o ministro paranaense Paulo Bernardo, do Planejamento, que já tem todo o cronograma montado. “Já temos um calendário, os ministérios já estão trabalhando e têm até o dia 5 de fevereiro para elaborarem suas propostas. A partir daí, vamos fazer reuniões com cada ministério para selecionar os investimentos que se enquadram nos critérios que estamos adotando”, explicou.
“A ideia é ter tudo alinhavado até o início de março. Nós pretendemos fazer o lançamento antes do dia 25 de março, antes de a ministra Dilma deixar o governo, o que vai ocorrer no início de abril”, completou.
Bernardo também revelou que investimentos serão priorizados na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento. Segundo o ministro, além das obras destinadas à realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o novo plano também continuará priorizando logística, transporte, energia e estrutura urbana.
“Teremos uma atenção especial ao pré-sal e, na parte de infraestrutura urbana, que hoje temos basicamente saneamento e habitação, vamos mais além, vamos mexer com drenagem, obras de prevenção de enchentes e outras catástrofes”, explicou.
O ministro manteve as esperanças de os curitibanos verem o metrô da capital paranaense contemplado no novo PAC “Há ainda a chance, nós combinamos de fazer essa negociação com o prefeito. Vai ser avaliado, como todas as outras propostas”.
Sem falar em valores, Bernardo disse que o PAC aumentou muito os investimentos, tanto públicos como privados e que espera um crescimento ainda maior neste ano. “Em 2006, ano antes do PAC, o BNDES financiou, para obras de infraestrutura, R$ 15,6 bilhões. No ano passado, foram R$ 48,9 bilhões.
A Caixa Econômica, no ano passado, assinou quase um milhão de contratos habitacionais. Só imóveis novos foram 460 mil. Essas coisas aumentaram muito e a nossa expectativa é que cresçam em 18% os investimentos esse ano”, disse.
A ministra Dilma Rousseff é aguardada em Curitiba como convidada para a festa de 30 anos do PT e a posse do deputado Ênio Verri como presidente estadual do partido, marcada para o próximo dia 7.
A direção estadual do partido ainda não confirmou a presença da ministra na festa. Ano passado, a ministra havia confirmado presença na festa de fim de ano do partido, no dia 13 de dezembro, mas acabou mudando a agenda um dia antes.
Antes mesmo de desembarcar no Paraná, a presidenciável petista discutirá o quadro sucessório no estado. Dilma deve reunir-se com o senador Osmar Dias (PDT), pré-candidato ao governo do estado nesta semana. A visita de Dilma a Curitiba será na véspera da reunião do diretório do PSDB que definirá o candidato tucano ao governo.