A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje, em Florianópolis, que não caberá a ela resolver as divergências existentes entre os partidos da base aliada com Estados que terão candidatos diferentes do PMDB e do PT ao posto de governador. “Todos os pleitos são justificados. A realidade de cada Estado é diferenciada, porém, tem de haver uma forma de se ajustar”, afirmou Rousseff, em seminário sobre o pré-sal na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

continua após a publicidade

Sobre as dissidências entre alguns partidos da base aliada do governo, Dilma saiu em defesa de seu partido acrescentando que o PT terá formulação política capacitada onde os candidatos de outros partidos estarão concorrendo nas eleições para governador no próximo ano. “Prioritariamente caberá ao congresso do partido definir a orientação política para determinados casos”, completou, salientando que a linha de ação será composta a partir da definição do novo presidente de sua sigla. Ela não quis detalhar a forma como vai se comportar diante da montagem dos palanques que irá frequentar quando for candidata oficial do partido à Presidência.

O assunto ganhou corpo a partir da declaração feita no último domingo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que destacou que as divergências entre o PT e PMDB não podem servir de impeditivos para a campanha de sua virtual sucessora na corrida presidencial de 2010.

Sobre a possibilidade de ter que subir em dois palanques em Estados, como Acre, Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, que já demonstraram preferências por candidaturas paralelas, Dilma disse acreditar no bom senso. “Tenho a mais absoluta certeza que serão respeitadas as diversidades pontuais”, completou. Dilma defende a homologação de acordos claros nestes Estados no caso de ter de subir em mais de um palanque – um de cada partido – durante sua campanha à Presidência da República.

continua após a publicidade