A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, desqualificou as denúncias de suspeita de tráfico de influência, feitas em reportagem da revista Veja, contra a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que a sucedeu no ministério. Dilma, que visitou hoje o vice-presidente José Alencar, internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, afirmou que a ministra, com quem teria relação apenas profissional, até hoje goza de sua confiança. “Estou fora do governo há três meses e não tenho acompanhado o dia a dia do ministério, mas tenho certeza de que tudo que foi dito será apurado (referindo-se às denúncias) e, se alguém errou, será punido”, disse.

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Dilma ressaltou que, em momento algum, a ministra lhe fez algum pedido pessoal quando era secretária-executiva do ministério. Ela afirmou que conhece apenas superficialmente o filho dela, Israel Guerra, acusado de pedir propina a empresários para obter contratos, e não conhece nenhum dos empresários citados na reportagem da revista.

A candidata respondeu duramente quando foi questionada pelos jornalistas a respeito da declaração do seu adversário José Serra (PSDB) que afirmou que a Casa Civil era “um foco das maracutaias do governo”. “Meu adversário tem perdido todas as estribeiras. Tem feito, sistematicamente, acusações sem provas e levianas. Do jeito que vai, periga passar a eleição visto como um caluniador”, comentou.

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Para a petista, o episódio da denúncia contra a ministra – que disse ter encontrado rapidamente em duas cerimônias após sair do governo – somam-se ao escândalo da quebra de sigilos fiscais de tucanos como um conjunto de acusações para tentar desestabilizar sua candidatura. “Eles (os adversários) estão procurando a bala de prata, em busca da bala de prata. Sinto informar que não terão.”

Com relação à ultima pesquisa Datafolha que a coloca 23 pontos à frente de Serra, ela repetiu que as pesquisas apenas refletem um momento. “Não subo em salto alto. Ninguém pode dizer que já ganhou fiando-se em pesquisas, que são apenas aferições. A vitória só vem após a apuração dos votos na urna.”

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