Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

Ministra ouvirá um relato do governo estadual sobre os pedidos não atendidos pelo governo federal.

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O começo do acerto das pendências entre o governo do Estado e o governo federal está marcado para o dia 9 de janeiro de 2007, com a vinda da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a Curitiba. A ministra vem com a missão de ouvir um relato do governo estadual sobre todos os pedidos que encaminhou ao governo federal e não foram atendidos. A data da visita da ministra foi fornecida pelo seu gabinete ao presidente estadual do PT, deputado André Vargas.

A apresentação das demandas do Paraná à ministra da Casa Civil foi acertada em encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador Roberto Requião (PMDB) durante a primeira conversa que tiveram, em Brasília, após o segundo turno da eleição deste ano. A reabertura do diálogo, interrompido durante um período, faz parte do processo de formalização do apoio do PMDB ao governo e do restabelecimento das boas relações entre petistas paranaenses e Requião.

Na lista das queixas do governo do Estado estão desde o tratamento dado pelo governo federal à cruzada do Palácio Iguaçu contra os aumentos das tarifas de pedágio até assuntos mais urgentes, como uma solução para a dívida decorrente do processo de saneamento do Banestado. No período de preparação da venda do banco, o Estado assumiu compromisso de compra dos títulos dos estados de Alagoas, Pernambuco, Santa Catarina e dos municípios de Osasco e Guarulhos adquiridos pelo Banestado. Os títulos não foram pagos e o governo do Estado propõe que a União assuma a dívida desses títulos precatórios, cobrando o resgate dos títulos dos estados emitentes. Segundo um documento da bancada federal do Paraná, o valor atual dos créditos do Estado perante Santa Catarina, Osasco e Guarulhos é de R$ 401,7 milhões.

As negociações entre o governo federal e o governo do Paraná começaram já na segunda metade do mandato de Requião. Mas as conversas não avançaram no ritmo que o governador pretendia e suas dificuldades de diálogo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, travaram ainda mais o processo, na avaliação de auxiliares de Requião.

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Mas agora, com a aliança feita entre PMDB e PT na disputa eleitoral do segundo turno, foram reabertas as discussões e estão sendo superadas divergências antigas. O governador convidou o PT a participar do seu segundo mandato em acordo com a direção estadual, ao contrário de 2003, quando a cúpula local não avalizou as indicações para o secretariado.