A presidente Dilma Rousseff destacou nesta segunda-feira, em mensagem enviada ao Congresso Nacional, que a intensa atuação do Brasil no mundo e nos vários foros internacionais, frente ao cenário de persistente crise econômica mundial, tem buscado a defesa pela construção de um amplo pacto pela ação coordenada entre as principais economias. “Este pacto deve incluir a necessidade de equilíbrio entre ajustes fiscais e os estímulos necessários para a retomada do crescimento; maior regulamentação do sistema financeiro e o estabelecimento de controles à guerra cambial; e a reforma das instituições financeiras multilaterais para aumentar a participação dos países emergentes, principais responsáveis pelo crescimento da economia mundial.”
Segundo a presidente, “essas medidas são essenciais para que a economia internacional inicie um consistente e sustentado processo de recuperação, que afaste de vez o perigo de uma depressão mais longa, alimentada por políticas excessivas de austeridade e de contração dos investimentos e da demanda agregada”.
Ela disse ainda que a ampliação do Mercosul é de fundamental importância para os interesses brasileiros no subcontinente, “que vêm se fortalecendo muito com a exitosa integração regional”. “No Mercosul e na Unasul, democracia e integração andam juntas. Enquanto aguardamos a pronta retomada da normalidade democrática no Paraguai, mantivemos nosso compromisso com o bem-estar do povo paraguaio, descartando medidas que dificultem nossos fluxos comerciais ou de investimentos com esse país vizinho.” Segundo Dilma, o fortalecimento da relação com os países vizinhos permanece como preocupação central.
Dilma destacou ainda, na mensagem ao Congresso, o crescente protagonismo internacional do País, que, segundo ela, “caminha pari passu com seus êxitos internos”. “O Brasil influencia pelo seu exemplo, pela qualidade ímpar de seu desenvolvimento recente e por seu compromisso com o multilateralismo e com construção de uma ordem internacional mais justa e simétrica. A política externa do Brasil espelha suas políticas internas de inclusão.”
Ela afirma que a política externa brasileira em 2013 seguirá voltada para a construção da paz, a defesa dos direitos humanos, o aperfeiçoamento do convívio democrático e a promoção do desenvolvimento sustentável com justiça social.