No figurino de candidata que tenta se tornar popular em todos os segmentos, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) aproveitou a festa de sanção da lei que criou o Plano de Cargos e Salários para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de Brasília para dizer que está disposta a manter as políticas sociais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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“É preciso defender as políticas sociais do presidente”, disse Dilma, depois de lembrar aos cerca de 7,5 mil policiais militares e bombeiros e seus familiares presentes ao Ginásio Nilson Nelson (o ginásio tem capacidade para 15 mil pessoas e a metade das arquibancadas estava ocupada) que foram estas iniciativas que permitiram a eles obter as melhorias salariais e na carreira. Com o plano, um soldado raso, que tinha salário de R$ 2,9 mil mensais, passará a receber R$ 4,8 mil. E, até 2010, cerca de 12 mil vão receber promoção.

Com a preocupação de se referir às mulheres a todo momento – há pesquisas qualitativas no PT que apontam para uma certa rejeição da ministra pelo sexo feminina -, Dilma procurou enumerar as políticas sociais do governo que, segundo ela, fizeram com que o Brasil se tornasse uma das nações mais respeitadas do mundo.

Como o plano da PM e dos bombeiros determina que todos terão de concluir o ensino superior, ela lembrou que foi o governo Lula quem criou o ProUni, programa em que o governo federal concede bolsas de estudos nas universidades particulares. Os policiais poderão se candidatar a estas bolsas.

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Dilma só foi aplaudida quando terminou o discurso. Ao contrário dela, o presidente Lula foi aclamado por quatro vezes pela multidão presente, que gritava “Lula, Lula, Lula”. A luta dele é para transferir a popularidade que tem para Dilma. Por isso, a carrega a tiracolo para onde vai, seja nos grotões, como as cidades onde estão sendo feitas as obras de transposição do Rio São Francisco, seja num ginásio lotado por policiais. Por enquanto, porém, a preferência por Lula continua sendo muito maior.