Ao dar posse hoje (16) ao novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, a presidente Dilma Rousseff ressalvou que as escolhas feitas por critérios políticos não desmerecem um governo. Gastão ocupa o lugar deixado por Pedro Novais, que pediu demissão nesta semana por denúncias de uso de recursos públicos para fins privados. “Escolhas políticas não desmerecem nenhum governo. É com políticos, com partidos políticos, técnicos e especialistas que se governa um país tão complexo como o Brasil. A política bem exercida é uma atividade nobre e imprescindível à atividade democrática”, disse Dilma, exaltando uma vez mais os critérios técnicos para suas escolhas.

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A posse de Gastão Vieira ocorreu em uma cerimônia discreta, com a presença de poucas pessoas, na sala de audiências da Presidência da República. Normalmente, as cerimônias de posse ocorrem nos salões do Palácio do Planalto, com muitos convidados. Ao dar início ao seu discurso, Gastão Vieira disse estar mais à vontade com a simplicidade da cerimônia. “Prefiro que a chegada seja simples para que a saída seja cheia do sentimento do dever cumprido”, disse o ministro, que também falou à presidente do medo que sentiu quando foi convidado para assumir a pasta. “Era tanto medo que eu não teria coragem de dizer não à senhora”, brincou.

Gastão Vieira, que vem da Câmara dos Deputados, onde representava o PMDB do Maranhão, ressaltou em seu discurso a necessidade de pensar as políticas para o desenvolvimento do turismo no Brasil integradas com os demais programas sociais hoje já desenvolvidos pelo governo. Ele citou o exemplo do Brasil sem Miséria, as políticas para a agricultura e o Pronatec, programa de formação de mão de obra técnica.

Para o novo ministro, o turismo tem o potencial de incluir famílias de menor renda, como as que, pelo Bolsa Família, venham a se integrar ao mercado consumidor. “Temos que fazer com que essas pessoas, na transição do Bolsa Família para o mercado de consumo, possam utilizar esse conhecimento”, disse. Segundo ele, o setor pode ajudar no enfrentamento da crise financeira internacional. “Em momentos de crise é bom ser prudente e a grande alternativa do Brasil sempre foi olhar para seu mercado interno. Eu vou lutar para incorporar essa massa brasileira à essa atividade.”

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