Ao discursar na reunião do diretório nacional do PT em Fortaleza, a presidente Dilma Rousseff disse na noite de sexta-feira (28) contar com a militância do partido para “juntos enfrentarmos todos os desafios e encararmos com serenidade os golpistas de sempre”. “Os golpistas hoje têm uma característica: eles não nos perdoam por estarem tanto tempo fora do poder.”
Dilma também pediu aos correligionários que não caiam “em nenhuma provocação”. “Temos que ter a tranquilidade de que nosso País conquistou a duras penas a democracia.”
O termo “golpista” também foi usado em texto preliminar distribuído entre os integrantes do diretório nacional, em referência a manifestações pelo impeachment da presidente ocorridas desde a reeleição da petista. Segundo o documento – que ainda pode sofrer alterações antes da divulgação, prevista para este sábado -, “a oposição cai no ridículo ao questionar o resultado eleitoral” e tenta “impor ao nosso governo o programa derrotado nas urnas”.
Na semana seguinte à eleição, a direção do PSDB pediu que o Tribunal Superior Eleitoral realizasse uma auditoria no sistema de urnas eletrônicas. O tribunal negou o pedido, mas deu ao partido acesso a dados da apuração.
Segundo o texto, a eleição de 2014 apresentou uma “nova luta de classes” marcada por questões como combate à homofobia. De um lado estaria a “nova direita” representada pelo PSDB que, segundo o PT, “incorreu nas piores práticas políticas: o machismo, o racismo, o preconceito, o ódio, a intolerância, o saudosismo da ditadura militar”. Do outro estaria a militância espontânea que voltou às ruas para defender um candidato do PT. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)