A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), afirmou na noite desta quinta-feira que vai “continuar escolhendo entre os melhores” em um eventual segundo governo, quando questionada se acabaria com a indicação política para compor a diretoria da Petrobras. “No meu governo eu escolhi entre o que eu considerava entre os melhores, vou continuar fazendo, foi isso que acredito que o ex-presidente Lula fez”, disse, durante sabatina promovida pela Rede TV em parceria com o portal IG.
Dilma disse que não tinha conhecimento da corrupção delatada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e voltou a destacar que o governo petista investiu para permitir as investigações. “Não suspeitava, tanto que não suspeitava que não o afastei”, afirmou. “Eu não tinha conhecimento de nenhum dos eventos que agora estão sendo investigados pela Polícia Federal”, disse. “No meu governo e no do Lula demos total autonomia para a PF investigar maus-feitos, ilícitos e crimes de corrupção.”
A presidente disse ainda que demorou um ano e quatro meses para substituir alguns quadros da empresa, pois é natural “que se faça esse processo com cuidado”. “Primeiro substitui a presidência e escolhi a Graça (Foster) porque tinha afinidade”, afirmou, lembrando que a atual presidente da Petrobras foi secretaria quando Dilma era ministra de Minas e Enrgia no governo Lula.
Segundo Dilma, nenhuma substituição foi feita porque integrantes da empresa estariam sob suspeita porque então haveria de ter “investigações cabíveis”. A presidente minimizou o fato de Paulo Roberto Costa ter continuado na empresa, destacou que ele era um funcionário de carreira da Petrobras e afirmou que ele também “foi funcionário do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”. “Os quadros da Petrobras são tecnicamente qualificados e transitam de governo para governo”, afirmou.